Metro do Porto adjudicou segunda fase do ‘metrobus’ que está dois meses atrasada

A Metro do Porto já adjudicou a segunda fase do projeto do ‘metrobus’, que ligará a Avenida da Boavista à Anémona e que a comissão de Acompanhamento do PRR identificou como estando “ligeiramente atrasada, cerca de dois meses”.

Metro do Porto adjudicou segunda fase do 'metrobus' que está dois meses atrasada

“A segunda fase está ligeiramente atrasada, cerca de dois meses, devido às reclamações dos concorrentes, esperando-se para breve a adjudicação”, pode ler-se no relatório da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR), publicado na quarta-feira.

Em resposta a questões da Lusa, fonte da Metro do Porto disse que “a adjudicação está efetuada”, decorrendo “as obrigatórias formalidades jurídico-contratuais para que o contrato seja assinado e enviado ao Tribunal de Contas para obtenção de visto prévio”.

“Oportunamente daremos conta dos termos do contrato”, completa a transportadora nas respostas à Lusa.

De acordo com o relatório da CNA-PRR, os dois projetos a cargo da Metro do Porto (‘metrobus’ e Linha Rubi) foram identificados no patamar ‘Necessário Acompanhamento’, o nível intermédio de execução, entre os estados ‘Crítico’ e ‘Preocupante’, pela negativa, ou ‘Concluído’ e ‘Alinhado com o Planeamento’, pela positiva.

Entre as recomendações endereçadas pela comissão estão o reforço do “acompanhamento das empreitadas em curso, de modo a antecipar qualquer risco de derrapagem”, e que “haja uma articulação célere, entre a autarquia e o Metro do Porto, para acautelar em tempo útil todas as autorizações para utilização das vias públicas, para obras”, bem como reforço da comunicação sobre o estado das obras.

No caso do ‘metrobus’, em causa está o segundo troço do serviço, no caso a ligação entre o cruzamento das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa à Praça Cidade do Salvador (conhecida como Anémona), em Matosinhos.

Quando totalmente completo, o novo serviço ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) e estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e no segundo Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Inicialmente, o projeto do ‘metrobus’ estava previsto apenas até à Praça do Império, mas como o valor da adjudicação (25 milhões de euros) ficou abaixo dos 66 milhões de euros, o Governo decidiu fazer uma extensão do serviço até à Anémona.

Os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio semelhantes aos do metro convencional e construídos por 29,5 milhões de euros por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar.

A obra do ‘metrobus’ custará cerca de 76 milhões de euros, mais 10 milhões que o previsto inicialmente.

JE // MSP

By Impala News / Lusa

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