Ministra da Agricultura assegura abastecimento de cereais sem ruturas
O fornecimento de cereais vai continuar sem ruturas, assegurou hoje a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admitindo, no entanto, estar preocupada com a escalada de preços e a incerteza quanto à duração da guerra na Ucrânia.
“Neste momento, e atendendo ao material que está em ‘stock’, aos navios que estão a chegar e aos contratos que estão firmados, não se antevê que haja rutura no fornecimento de cereais em Portugal”, disse a ministra, em declarações hoje aos jornalistas, à margem do 8.º Congresso da Indústria Portuguesa Agroalimentar, organizado em Lisboa pela Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).
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A Ucrânia, há mais de três meses alvo de um conflito armado lançado pela Rússia, era responsável por 40% do milho comprado por Portugal, lembrou a ministra, reforçando que os importadores nacionais, para evitar comprometer o abastecimento nacional, encontraram mercados alternativos, na América do Norte, na América do Sul e África do Sul, e que o trigo é comprado maioritariamente a França.
A ministra falou ainda sobre o observatório de preços, um projeto que o Governo anunciou em maio querer criar, afirmando a intenção de ser lançado “o mais rapidamente possível” e precisando que, neste momento, está em curso o processo de contratação da empresa responsável por fazer o levantamento de preços.
O objetivo, lembrou a governante, é o “de, forma transparente, poder mostrar que há uma distribuição justa daquilo que são os rendimentos e os preços desde a produção primária, passando pela transformação e depois até ao consumidor”. No seu discurso, no encontro organizado pela FIPA, a ministra recordou que, numa primeira fase, o observatório arranca com um projeto-piloto com um conjunto de produtos que correspondem a um cabaz alimentar de uma família, mas que “rapidamente” o Governo quer que se alargue a todo o complexo agroalimentar.
“O objetivo é, numa fase futura, o produto que seja sustentável ao longo de toda a fileira tenha uma marca, uma chancela, para que quem chega à prateleira do supermercado possa saber verdadeiramente que, ao comprar aquele produto (…), foi justo para todos os elementos da cadeia, não deixou ninguém para trás e contribuiu para o desenvolvimento sustentável do país”, concluiu Maria do Céu Antunes.
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