Portugal coloca 4 mil ME de dívida a 10 anos a uma taxa de juro final de 2,05%

Portugal colocou hoje 4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 10 anos (maturidade em outubro de 2028), com uma taxa de juro de 2,05%.

Portugal coloca 4 mil ME de dívida a 10 anos a uma taxa de juro final de 2,05%

Portugal colocou hoje 4 mil milhões de euros, montante máximo anunciado, em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos (maturidade em outubro de 2028), com uma taxa de juro de 2,05%.

De acordo com a informação disponível na agência financeira Bloomberg, a procura alcançou os 17,2 mil milhões de euros, pelo que a taxa se fixou nos 2,05% (na emissão de OT a 10 anos de novembro do ano passado a taxa tinha sido de 1,939%).

Segundo o diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “foi uma emissão muito boa para o Estado português, com uma procura muito forte, com uma taxa baixa para um prazo longo”.

Há poucos anos Portugal só conseguia emitir com taxas nos 4% ou 5%, recorda o especialista, sinalizando que as últimas emissões ocorreram com taxas abaixo dos 3% ou mesmo 2%.

“Esta manhã, o ‘spread’ começou nos 120 pontos base, mas veio a descer até aos 114, o que se traduz num ‘spread’ de 1,14%. São ótimas notícias para o país que consegue assim fazer o ‘rollover’ da dívida, financiando-se a custos cada vez mais baixos. Só assim conseguiremos tornar a nossa dívida sustentável”, refere.

Filipe Silva comentou, a propósito, que Portugal é hoje dos países com um risco não muito elevado que paga melhor a quem nos empresta dinheiro, daí a procura ter sido muito superior à oferta.

A comparação com a anterior emissão, a 10 anos, serve de referência, mas não totalmente, porque a dívida emitida hoje vence-se em outubro de 2028, ou seja, daqui a 10 anos e 10 meses, ressalva.

“Dez meses fazem alguma diferença, o que também está refletido na taxa, que saiu em linha com o mercado e em linha com os ‘spread’ de emissões que vencem entre 2025 e 2030”, acrescenta.

A emissão de dívida desta manhã foi feita junto de um sindicato bancário que incluia o Barclays, o Citi, o Credit Agricole CIB, o GS, o JPM e o Novo Banco.

 

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