“O aumento da confiança dos portugueses, motivado por indicadores económicos positivos, pela estabilização da inflação, pela redução das taxas de juro e pelo bom desempenho do mercado de trabalho, está a impulsionar o consumo fora de casa e os serviços de entrega ao domicílio”, indicou, em comunicado, a Centromarca — Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca.

Até setembro, verificou-se uma redução de 1,2 pontos percentuais, face ao homólogo, na percentagem do gasto no consumo dentro de casa.

Já a percentagem dedicada aos gastos com as entregas em causa ou ‘take-away’ cresceu 0,6 pontos percentuais.

Segundo a mesma análise, o consumo fora de casa é impulsionado pelo crescimento de 13% no valor gasto em refeições no exterior.

Por sua vez, os ‘snacks’ recuam 22% e as bebidas 5%, “sendo que se regista um aumento da frequência de compra, diminuindo o volume e o valor gasto em cada ato de compra”.

No que diz respeito ao consumo em casa, nos primeiros nove meses do ano, o tamanho das cestas diminuiu e a maioria dos produtos de grande consumo tem um decréscimo em valor, como bebidas (-5%), alimentação animal (-2%) e limpeza caseira (-3%).

As marcas de distribuidor (MDD) também avançaram neste período face às marcas de fabricante (MDF). Contudo, as segundas continuam a ter a maior quota de mercado (52,5%).

O estudo revelou ainda que 66% das marcas que conquistam novos compradores registam um crescimento e volume de vendas.

A médio-prazo, a aposta no recrutamento de novos consumidores tem consequências para o crescimento das marcas, sendo que as que não recrutaram nos últimos dois anos cederam 14,5% em valor entre janeiro e setembro, face ao homólogo.

Já as que recrutaram tiveram um crescimento de 14,3% no mesmo período.

A análise recomenda ainda que, para prosperar, as marcas devem apostar na inovação e ter uma presença mais forte nos retalhistas.

Neste estudo foram tidos em conta os dados do painel de lares da Kantar, com uma amostra de 4.000 lares participantes, representativos de Portugal continental.

Os resultados têm um nível de confiança de 95%, com um erro amostral de 1,96%.

PE // JNM

By Impala News / Lusa

Siga a Impala no Instagram