Preço do combustível dispara: 8 cêntimos na gasolina e 7 no gasóleo
O preço dos combustíveis deverá disparar no início próxima semana e as previsões apontam para uma subida de oito cêntimos na gasolina e sete cêntimos no gasóleo.
O preço dos combustíveis deverá disparar no início próxima semana. As previsões apontam para uma subida de oito cêntimos na gasolina e sete cêntimos no gasóleo. Este será o décimo aumento neste ano, caso venha a confirmar-se e aquele que terá um impacto mais significativo. A subida explica-se pela guerra na Ucrânia e consequente aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, de acordo com a SIC Notícias. Assim sendo, o preço médio da gasolina poderá ficar muito perto dos dois euros por litro. O preço do barril de petróleo Brent para entrega em maio continua em alta a subir 3,48% na abertura do mercado de futuros de Londres, para 116,8 dólares, um novo máximo desde agosto 2013.
Preço do café pode pode atingir máximos históricos, alertam analistas
O café pode “testar máximos históricos” de 2011 este ano, em função da evolução da pandemia e dos problemas ao nível do transporte e alterações climáticas. “O preço do café, semelhante a outros produtos, subiu nos últimos meses. Numa base anual, os preços do café nas bolsas de valores subiram quase 100%. Isto é o resultado de preocupações de abastecimento e de grandes problemas de transporte em todo o mundo. As alterações climáticas em curso também estão a contribuir para a ocorrência de um número crescente de anomalias climáticas”, apontou, em resposta à Lusa, o analista da XTB Nuno Mello. Em causa, estão, por exemplo, secas persistentes ou “amplitudes térmicas elevadas”, que acabam por destruir as culturas, tal como se verificou no Brasil, o maior produtor mundial de café.
Taxa de inflação faz preço disparar… ainda mais
Perante a menor disponibilidade de café brasileiro no mercado internacional, espera-se a “continuação da subida dos preços pagos pelos consumidores” portugueses. Contudo, esta subida só deverá verificar-se em meados de 2022, tendo em conta que o último valor recorde atingido diz respeito a contratos de futuro com entrega prevista para abril. Ricardo Evangelista vincou ainda que a subida da taxa de inflação para 2022 irá trazer um “impacto adicional no preço que os consumidores pagam pelo café que bebem”.
Aos problemas da produção do Brasil, somam-se as dificuldades nas cadeias de abastecimento face à pandemia de covid-19 e a escalada dos preços, conforme destacou o economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Rosa. “Os custos mais elevados dos fertilizantes e dos combustíveis e a escassez de mão de obra têm impulsionado os preços do café, mas é esperado que as dificuldades nas cadeias de abastecimento sejam normalizadas à medida que a pandemia passe a endemia”, apontou.
Paulo Rosa ressalvou que a evolução do preço do café dependerá da evolução das condições climatéricas e do “regresso à normalidade” nas cadeias de abastecimento e transportes. Porém, no imediato, o café vai continuar mais caro, o que poderá ditar a alteração dos hábitos de consumo e “incentivar as pessoas a beberem mais café em casa”. De acordo com a Bloomberg, as reservas de café nas bolsas estão em queda desde 2018, tendo esta sido aumentada no início de 2020. Os ‘stocks’ de café estão atualmente 1,03 milhões de sacas, o volume mais baixo dos últimos 20 anos, abaixo dos 1,54 milhões de sacas contabilizadas no final de 2021. Os inventários são, atualmente, cerca de 0,5% superiores à procura anual global.
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