Preços de fábrica registam maior aumento desde 1995
Os preços de fábrica na China aumentaram ao ritmo mais rápido dos últimos 26 anos, segundo dados oficiais publicados hoje, à medida que a subida dos custos com matérias-primas intensificaram a pressão inflacionista sobre empresas e fabricantes.
Os preços de fábrica na China aumentaram ao ritmo mais rápido dos últimos 26 anos, segundo dados oficiais publicados hoje, à medida que a subida dos custos com matérias-primas intensificaram a pressão inflacionista sobre empresas e fabricantes. O Índice de Preços ao Produtor, um indicador da inflação nas vendas grossistas, subiu 10,7%, em setembro, em termos homólogos, segundo dados do Gabinete Nacional de Estatísticas. Foi a maior subida desde 1995.
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Em agosto, o mesmo índice registou um crescimento homólogo de 9,5%. O aumento dos preços globais das matérias-primas elevaram drasticamente os preços de fábrica na China, este ano, com a escassez de carvão a agravar também uma crise de energia no país. O aumento ocorre numa altura de altas taxas de inflação registadas a nível global.
Economia chinesa está sob pressão
Mas os números ainda não influenciaram os preços ao consumidor na China, que em setembro subiram apenas 0,7%, um ritmo menor do que em agosto. “Achamos que o risco de estagnação e inflação está a aumentar na China e também no resto do mundo”, apontou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, num relatório. “A ambiciosa meta de neutralidade de carbono coloca pressão persistente sobre os preços das matérias-primas, que são depois passados às empresas”, apontou a mesma fonte.
Dados comerciais divulgados hoje revelaram que as importações de carvão da China aumentaram 76%, em setembro, em termos homólogos, numa altura em que o país tenta diminuir a escassez que levou ao racionamento de energia nas fábricas e empresas. Além da escassez de energia, a economia da China está sob pressão devido a uma crise de liquidez entre algumas das maiores construtoras do país, incluindo a Evergrande, que esta semana voltou a falhar o pagamento de juros sobre títulos de dívida emitidos no exterior.
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