Pressão nos aeroportos ainda não afeta turismo português

O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, afirmou hoje que a economia portuguesa é a que mais cresce na zona euro pela reabertura do turismo internacional, não prevendo para já que a pressão nos aeroportos europeus afete esta retoma.

Pressão nos aeroportos ainda não afeta turismo português

Pressão nos aeroportos ainda não afeta turismo português. “Temos o crescimento mais forte do que o esperado para Portugal e isto é substancialmente baseado nos resultados do primeiro trimestre, […] e, claro, o que vemos, além disso, é a reabertura do turismo internacional”, afirmou Paolo Gentiloni, falando em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Adiamento do aeroporto custa cerca de 7.000 ME e 28 mil empregos no cenário mais otimista
O adiamento do novo aeroporto custa cerca de 7.000 milhões de euros e 28.000 empregos “no cenário mais otimista”, de acordo com o estudo da EY para a Confederação do Turismo de Portugal hoje divulgado (… continue a ler aqui)

Questionado sobre as previsões económicas do executivo comunitário para Portugal, que apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,5% este ano, o maior da zona euro e da União Europeia (UE), o responsável assinalou que “o turismo é muito importante para vários Estados-membros europeus, mas para alguns deles e para Portugal em particular, o turismo internacional é extraordinariamente importante”.

Numa altura em que muitos aeroportos, inclusive o de Lisboa, registam dificuldades operacionais, adiamentos, cancelamentos e filas, devido à falta de pessoal e de equipamentos, Paolo Gentiloni reconheceu que a Comissão Europeia está ciente das “dificuldades nos setores da aviação, que estão sinalizados em alguns países e em alguns grandes aeroportos”. Ainda assim, “de momento, os dados que temos sobre alojamentos e voos internacionais para Portugal não são motivo de preocupação”, garantiu o comissário europeu da tutela.

Contudo, no documento divulgado hoje, a Comissão Europeia assinala que os riscos para as perspetivas de crescimento permanecem descendentes, como resultado da guerra na Ucrânia “e, mais recentemente, no contexto das crescentes preocupações com a falta de pessoal no setor da aviação, que poderá ter repercussões nas visitas de turistas estrangeiros a Portugal”.

A Comissão Europeia reviu em alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para este ano, para 6,5%, colocando o país como o que regista a maior expansão, segundo as previsões macroeconómicas hoje divulgadas.

Bruxelas prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresça 6,5% em 2022, quando em maio esperava uma expansão de 5,8%. Esta previsão é mais otimista do que a do Governo, que espera uma expansão de 4,9%, e coloca Portugal não só a crescer acima da zona euro (2,6%) e da média da União Europeia (2,7%), como o país com a maior expansão. Por outro lado, Bruxelas está mais pessimista para 2023 e cortou as perspetivas de crescimento do PIB português para 1,9%, quando em maio esperava 2,7%.

A Comissão Europeia torna-se, entre as principais instituições nacionais e internacionais, a mais otimista para este ano relativamente ao crescimento português. O Banco de Portugal prevê uma expansão de 6,3%, o Fundo Monetário Internacional de 5,8%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico de 5,4% e o Conselho das Finanças Públicas de 4,8%.

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