Remuneração de novos depósitos dos particulares sobe para 3,08% em dezembro
A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares aumentou para 3,08% em dezembro de 2023, dando o maior salto anual desde 2003, e os novos depósitos somaram quase o dobro do registado em 2022, revelou hoje o BdP.
De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP), a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares subiu de 0,35% em dezembro de 2022 para 3,08% em dezembro de 2023, um salto de 2,73 pontos percentuais (pp.).
Este é não só o maior aumento anual desde o início da série do Banco de Portugal (BdP) como coloca Portugal com a segunda maior subida entre os países da zona euro.
Contudo, os bancos portugueses continuam a pagar abaixo da média dos países da moeda única (3,29%).
Ainda assim, os dados do supervisor revelam que o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 94 mil milhões de euros em 2023, quase o dobro dos 49,4 mil milhões de euros registado em 2022.
Por prazos, o maior aumento da remuneração média registou-se nos novos depósitos com prazo até um ano: de 0,30% em dezembro de 2022 para 3,10% em dezembro de 2023.
“Estes depósitos, que representavam 89% dos novos depósitos em dezembro de 2022, ganharam relevância ao longo do segundo semestre de 2023, até atingirem 97% dos novos depósitos em dezembro desse ano”, detalha o supervisor.
A instituição liderada por Mário Centeno explica ainda que o peso dos novos depósitos com prazo acordado superior a um ano cresceu na primeira metade do ano, totalizando o máximo de 27% do total de novos depósitos em abril de 2023, mas desde então este peso tem vindo a reduzir-se.
A relevância dos novos depósitos com prazo de 1 a 2 anos no total de novos depósitos caiu de 8% em dezembro de 2022 para 2% em dezembro de 2023, tendo apresentado o menor aumento da remuneração média: de 1,00% em dezembro de 2022 para 2,64% em dezembro de 2023.
Já os novos depósitos com prazo superior a 2 anos, que representavam 3% dos novos depósitos em dezembro de 2022, passaram a ter um peso residual no total de novos depósitos: 0,6% em dezembro de 2023.
O aumento das taxas de juro médias dos novos depósitos a prazo de particulares (apenas superado pela Letónia) levou a que Portugal passasse da segunda posição mais baixa em dezembro de 2022, para a 13.ª posição em dezembro de 2023.
No entanto, ficou abaixo da taxa média observada para este conjunto de países (3,29%).
AAT // EA
By Impala News / Lusa
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