RTP gasta anualmente 200 mil euros na manutenção de terrenos não utilizados

O presidente do Conselho de Administração da RTP afirmou que a empresa gasta anualmente 200 mil euros em manutenção de terrenos não utilizados, sendo que nos últimos cinco anos gastou um milhão de euros nesta área.

RTP gasta anualmente 200 mil euros na manutenção de terrenos não utilizados

Gonçalo Reis respondia a questões dos deputados, no âmbito de uma audição na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação.

“A política da RTP nos últimos 20 anos é tratar bem das instalações que são necessárias e racionalizar aquelas que comprovadamente não têm atividade produtiva”, afirmou o gestor, apontando que a administração “não toma hoje uma decisão” sobre os ativos “sozinha, sem ter a aprovação do acionista”.

“A RTP gasta anualmente 200 mil euros em manutenção de terrenos não utilizados, estou a falar de terrenos agrícolas”, como era o de Miramar, como é o de Pegões, referiu o presidente da RTP.

Trata-se de “200 mil euros em manutenção, segurança, desmatagem e isso é um montante significativo”, sublinhou.

“Nos últimos cinco anos gastámos um milhão de euros numa atividade que não é produtiva”, disse, referindo que a RTP é uma empresa que visa produzir conteúdos audiovisuais, razão pela qual os portugueses pagam a contribuição CAV.

“Quem paga a CAV [contribuição para o audiovisual] é para a empresa produzir conteúdos audiovisuais”, prosseguiu, sugerindo uma reflexão sobre o assunto.

Relativamente à valorização salarial, Gonçalo Reis disse que para este ano está previsto um aumento pela antiguidade, de acordo com o que está inscrito no Acordo de Empresa. O que está de 0,5% a todos os trabalhadores, ou de 0,75%, conforme a antiguidade, o que é um “valor sustentável” para a empresa.

Relativamente ao programa de indústrias criativas, o administrador da RTP Hugo Figueiredo disse que neste momento estão cerca de “dois milhões de euros de adiantamentos que foram feitas a diversas produções que estavam aprovadas e muitas delas já retomaram a produção”.

No que respeita à aquisição de novos programas, neste momento tem acumulado desde o período da covid-19 — meados de março — “cerca de dois milhões de euros” em programas de apoio às indústrias criativas, acrescentou.

Sobre os investimentos na rádio, adiantou que rondam os três milhões de euros, estando a meio do processo.

 

 

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