Rubis produzidos em Moçambique subiram 46% em 2024
A produção de rubis em Moçambique disparou em 2024 para quase quatro milhões de quilates, um aumento de 46% face ao ano anterior, segundo dados do Governo.
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“No grupo das pedras preciosas e semipreciosas, o maior destaque vai para o rubi, que registou no período em análise um grau de execução de 128% em relação ao plano anual e uma taxa de crescimento de 46%”, lê-se no documento com os resultados das exportações no ano passado, consultado pela Lusa.
A produção de rubi cresceu assim de 2.710.617,70 quilates em 2023, para 3.946.506,90 quilates em 2024, quando a meta fixada pelo Governo era de 3.080.895 quilates no ano passado.
De acordo com o documento, esse crescimento resultou “do bom desempenho da empresa SLR Mining, que assumiu a posição de maior produtor deste recurso mineral, com a entrada em funcionamento de mais uma planta de processamento”.
“Esta empresa foi responsável pela produção de mais de 70% do total deste recurso mineral. Outro fator prende-se à retoma em pleno da produção da empresa Moza Minerals, aliado ao facto da empresa Montepuez Ruby Mining ter efetuado uma escavação intensa em mais três blocos altamente produtivos”, lê-se.
A produção de rubis em Moçambique recuou no ano de 2023 para 2,7 milhões de quilates, contra 4,2 milhões de quilates em 2022 e cinco milhões de quilates em 2021.
Só a exploração de rubis na mina da MRM em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, rendeu desde 2012 quase mil milhões de euros, segundo dados divulgados anteriormente pela Gemfields, que detém 75% da empresa.
De acordo com os dados até dezembro do relatório “Fator G para Recursos Naturais”, que visa promover a “transparência” sobre o nível de riqueza dos recursos humanos partilhados pela Gemfields “com os governos dos países anfitriões” provenientes dos setores mineiro, petrolífero, gás madeira e pesca, a MRM teve uma receita total de 151,3 milhões de dólares (141 milhões de euros) em 2023.
Desde que a Gemfields adquiriu os 75% da MRM – em fevereiro de 2012, ano do início da exploração mineira, tendo os leilões de rubis começado dois anos depois -, a mina acumula receitas superiores a 1.055 milhões de dólares (982,7 milhões de euros), pagando ao Estado moçambicano, no mesmo período, 257,4 milhões de dólares (239,7 milhões de euros).
A MRM, detida em 75% pela Gemfields e em 25% pela Mwiriti Limitada, uma empresa moçambicana, pagou em 2023 ao Estado de Moçambique 53,2 milhões de dólares (49,6 milhões de euros) em ‘royalties’ e impostos, segundo o mesmo relatório.
PVJ // SB
Lusa/Fim
By Impala News / Lusa
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