Santa Casa de Lisboa assumiu garantia de um milhão de euros por causa de participada em Moçambique
O ex-vice-provedor da Santa Casa de Lisboa Fernando Sousa Afonso negou hoje ter tido conhecimento ou envolvimento na internacionalização dos jogos sociais, mas revelou que a instituição assumiu uma garantia de um milhão de euros por causa da operadora moçambicana.
Perante os deputados da comissão parlamentar de inquérito à gestão estratégica e financeira e à tutela política da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Fernando Paes Sousa Afonso afirmou, quando questionado sobre a internacionalização dos jogos sociais, que a instituição não tinha qualquer operação fora de Portugal durante o período em que assumiu funções.
No entanto, quando confrontado com declarações do ex-provedor Pedro Santana Lopes sobre a presença da SCML em Moçambique, Sousa Afonso aproveitou para recordar que a existência de um departamento de jogos em Moçambique é anterior à independência da ex-colónia portuguesa.
De acordo com o responsável, a SCML decidiu “ter uma presença mais próxima em Moçambique” em 2011, tendo passado a presidir ao conselho de administração da SOJOGO, o que justificaria que o provedor à época fosse com frequência ao país, uma vez que a operadora tinha “problemas de sustentabilidade”.
Segundo o ex-vice-provedor, a SCML nunca obteve lucros da participação na SOJOGO, no entanto a operação manteve-se, tendo inclusivamente revelado que a instituição teve de assumir uma garantia de um milhão de euros para que um banco moçambicano emprestasse à SOJOGO o valor necessário para “reequilibrar a situação” financeira.
Garantiu que era tudo do conhecimento da Mesa, uma vez que as contas da SOJOGO foram aprovadas em assembleia geral.
SV // JMR
By Impala News / Lusa
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