Presidente do Santander diz que «a generalidade dos clientes» não pagará MB Way
O presidente executivo do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, garantiu esta quarta-feira que «praticamente a generalidade» dos clientes do banco «não vai pagar» as transferências na aplicação móvel MB Way.
De todos os clientes do banco, «praticamente a generalidade não vai pagar», disse esta quarta-feira, 31 de julho, o presidente executivo do Santander em Portugal durante a apresentação de resultados do semestre (lucros de 275,9 milhões de euros), acrescentando que «a exceção da exceção da exceção» apenas vai pagar depois da terceira transferência efetuada.
Santander vai começar a cobrar MB Way a partir de 10 de setembro
O Santander vai começar a cobrar transferências no MB Way a partir de 10 de setembro, à exceção de cartões para jovens, cobrando ainda algumas destas transferências acima de 50 euros na sua ‘app’. De acordo com o preçário no ‘site’ do Santander, na aplicação MBWay estão isentos de taxas os cartões Stream, Maestro Jovem, #U e #GlobalU, passando as transações cobradas com outros cartões a ser taxadas a 90 cêntimos cada, a que acresce o imposto de selo de 4% (total de 93,6 cêntimos). Já através da aplicação do próprio banco (‘app’ Santander), a isenção aplicada aos cartões no MBWay mantém-se, acrescentando-se o cartão Mundo 123.
Quanto a transferências feitas por outros cartões na aplicação do banco, estarão isentas «até três transferências por mês de montante igual ou superior a 50 euros», passando a ser taxadas em 45 cêntimos à quarta transferência, à qual acresce o imposto de selo de 4% (total de 46,8 cêntimos). Já transferências superiores a 50 euros serão sempre taxadas em 45 cêntimos, mais 4% do imposto do selo (total de 46,8 cêntimos).
«Os jovens não vão pagar MB Way»
«Eu falo com jovens […] e fica a perceção que todos os clientes do Santander vão pagar», partilhou Pedro Castro e Almeida, algo que considera não ser correto, já que «os grandes utilizadores do MB Way são jovens», e os que têm contas jovem no banco «não vão pagar MB Way seja na ‘app’ do Santander seja fora da ‘app’».
O presidente executivo do banco disse ainda que a «grande quantidade de vezes em que um cliente utiliza o MB Way e antes disso vai à ‘app’ do banco», por exemplo para consultar saldos, faz com que até ao final do ano o banco queira que os utilizadores possam «migrar para dentro» da aplicação do banco.
A Deco considera que o Banco de Portugal não pode ‘lavar as mãos’ e tem de ter uma posição firme sobre as comissões do serviço de pagamentos MBWay, defendendo os mesmos limites de comissões cobradas aos comerciantes. «Voltamos a reivindicar, junto do Banco de Portugal, que emita uma recomendação através da qual o regulador assuma a sua inequívoca posição sobre o comissionamento bancário, em particular no que respeita às transferências realizadas por MB Way, dadas as suas especificidades e limitações (inclusive de valor)», lê-se na posição divulgada pela associação de defesa do consumidor.
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