Wall Street acaba dia sem direção à espera dos índices relativos à inflação

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em ordem dispersa, com os investidores à espera da informação sobre o índice dos preços no consumidor, nos EUA.

Wall Street acaba dia sem direção à espera dos índices relativos à inflação

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,28%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,36% e o alargado S&P500 acabou perto do equilíbrio, com um ganho de 0,03%.

“Não houve muito movimento” durante a sessão, porque foi um dia que antecedeu (a publicação de) dados importantes, o que leva os investidores a adotar uma atitude expectante”, disse Art Hogan, analista da B. Riley Wealth Management, à AFP.

Na quarta-feira, os operadores de mercado vão ter a atenção focada na publicação do IPC de janeiro.

Em janeiro, traduziu uma aceleração da inflação os EUA em dezembro pelo terceiro mês consecutivo, puxada pelo aumento dos preços da habitação, bilhetes de avião, veículos em segunda mão e seguros automóveis.

Por outro lado, os analistas tinham retido a melhoria da informação dita subjacente, que exclui a alimentação e a energia.

Depois, os investidores vão conhecer na quinta-feira o índice de preços na produção, relativo a janeiro, e as vendas do comércio retalhista, na sexta-feira, mesmo que nenhuma destas publicações “seja tão importante quanto o do IPC”, segundo Hogan.

Estes índices de inflação dão um sinal sobre o que pode vir a ser a direção a tomar pelo banco central dos EUA no que respeita ao seu calendário de baixa da racha de juro de referência.

Depois de em janeiro a Reserva Federal (Fed) ter mantido aquela taxa no intervalo entre 4,25% e 4,50%, os analistas consideram agora pouco provável que exista qualquer descida antes de junho.

Durante a sua audição semestral no Senado, o presidente da Fed, Jerome Powell, repetiu hoje que “não via urgência” em descer a taxa de referência, uma vez que os indicadores eram positivos, fora a inflação, “ainda um pouco elevada”, acima do objetivo de dois por cento da Fed.

Questionado sobre o impacto eventual nos preços das taxas alfandegárias aplicadas por Donald Trump, respondeu que “não é o trabalho da Fed comentar a política alfandegária”.

Trump assinou na segunda-feira um decreto que fixa em 12 de março a data de entrada em vigor para “todos os países, sem exceção”, novas taxas alfandegárias de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

“Não se trata de taxas universais, mas de uma medida mais seletiva, e acredito que os investidores ficaram mais tranquilos com isso”, opinou Hogan.

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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