Wall Street fecha sem rumo, energia e finança sofrem com furacão Harvey

A bolsa nova-iorquina encerrou sem direção, com o impacto do furacão Harvey a fazer-se sentir nos setores da energia e finança.

Wall Street fecha sem rumo, energia e finança sofrem com furacão Harvey

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção, com o impacto do furacão Harvey a fazer-se sentir nos setores da energia e finança.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average perdeu 0,02% (5,27 pontos), para as 21.808,40 unidades, enquanto, pelo contrário, o Nasdaq valorizou-se 0,28% (17,37), para as 6.283,02.

O índice alargado S&P 500 também fechou em alta, com um ganho de 0,05% (1,19), para os 2.444,24 pontos.

As transações permaneceram limitadas ao longo da sessão, com numerosos operadores a aproveitar a última semana do mês de agosto.

Neste contexto, “a atenção concentrou-se nas inundações catastróficas que assolam Houston” e o Estado do Texas, afirmou Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

O setor dos valores financeiros agrupado no S&P 500, sob a pressão das empresas de seguros, registou a descida mais forte, de 0,48%.

Sarah DeWitt, analista no JPMorgan, afirmou que o Harvey “pode conduzir a perdas garantidas pelas companhias de seguro entre 10 mil milhões e 20 mil milhões de dólares” (8,3 mil milhões e 16,7 mil milhões de euros).

Das empresas mais expostas às consequências de um furacão no Texas destacou Allstate, que perdeu 1,49%, e a Travelers, que se desvalorizou 2,56%.

Da mesma forma, o conjunto das empresas de energia que integram o S&P 500 recuou 0,47%.

A cotação do barril WTI, que é a referência do petróleo dos EUA, desceu 2,7%, com os investidores a anteciparem uma forte procura por parte das refinarias afetadas pela tempestade.

A Chevron e a ExxonMobil desvalorizaram-se, respetivamente, 0,43% e 0,35%.

As cadeias de retalho especializado em produtos para o lar Home Depot e Lowe’s, que podem beneficiar com a vasta reconstrução necessária depois da passagem do Harvey, viram as cotações valorizadas, respetivamente, em 1,16% e 0,63%.

Por outro lado, os investidores questionam-se “até onde se pode enfraquecer o dólar”, segundo Sam Stovall, da CFRA.

O designado bilhete verde desceu hoje face ao euro para o seu nível mais baixo desde janeiro de 2015. Continua a enfraquecer-se depois do discurso, sem surpresa nem anúncio, da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, na sexta-feira, durante um simpósio de dirigentes de bancos centrais, em Jackson Hole, EUA.

 

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