Eduardo Cabrita vai ser constituído arguido na 6.ª feira por atropelamento na A6

O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita deverá comparecer sexta-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora para ser constituído arguido e interrogado sobre o acidente na A6.

O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita vai ser constituído arguido no caso do atropelamento mortal na A6 já amanhã, sexta-feira 21 de abril. A notícia está a ser avançada pelo Observador.

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O antigo governante deve dirigir-se na sexta-feira ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora para ser constituído arguido e ser interrogado sobre o acidente. A decisão de constituir arguido o ex-ministro já tinha sido tomada em janeiro pelo diretor do DCIAP de Évora, José Carlos Laia Franco. O mesmo jornal dá conta de que o antigo ministro já tinha sido chamado ao DIAP, mas por indisponibilidade do seu advogado só agora foi possível agendar a constituição de arguido e um possível interrogatório, caso queira prestar declarações.

Juntamente com o motorista que conduzia o carro e o chefe de segurança, Cabrita é o terceiro arguido no caso – por homicídio por negligência.

O diretor do DIAP de Évora, que decidiu reabrir o inquérito, já tinha dado conta por despacho, a meio de janeiro deste ano, que o ex-ministro e o “responsável pela segurança da comitiva” iam ser constituídos arguidos. O Ministério Público (MP) decidiu reabrir o inquérito na sequência de um pedido de intervenção hierárquica interposto pelo advogado da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), Paulo Graça, assistente no processo.

No entanto, como Cabrita gozava de imunidade parlamentar enquanto deputado, já depois de ter abandonado o cargo de ministro, e se aproximavam as eleições, o MP aceitou esperar pela mudança de Governo. Porém, com a repetição das eleições na Europa e o atraso na tomada de posse do novo Executivo, a imunidade parlamentar de Cabrita acabou por ser só levantada no final de março.

A 18 de junho do ano passado, a viatura do ministro seguia em comitiva, na A6, com mais dois veículos, quando atropelou mortalmente Nuno Santos, um dos trabalhadores que efetuavam obras de manutenção da via, ao quilómetro 77, no sentido Caia/Marateca.

No dia 3 de dezembro de 2021, o Ministério Público (MP) deduziu acusação, requerendo o julgamento por tribunal singular, contra o motorista do carro onde seguia o ex-ministro e que atropelou mortalmente o trabalhador na A6, imputando-lhe a prática de um crime de homicídio por negligência e duas contraordenações. No mesmo dia, Eduardo Cabrita demitiu-se do cargo de ministro da Administração Interna.

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