Ex-comandante dos bombeiros abusa sexualmente de duas alunas de ensino especial

José, 51 anos, auxiliar numa escola e antigo comandante dos Bombeiros Voluntários de Resende, foi acusado pelo Ministério Público de 83 crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência.

Ex-comandante dos bombeiros abusa sexualmente de duas alunas de ensino especial

José, 51 anos, auxiliar numa escola e antigo comandante dos Bombeiros Voluntários de Resende, foi acusado pelo Ministério Público de 83 crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência. Em causa estão abusis alegadamente perpetrados contra duas jovens deficientes, quando o homem era coordenador dos assistentes operacionais de uma escola do concelho.

O homem está agora em liberdade e foi afastado de funções depois de ter sido detido pela Polícia Judiciária do Porto, há oito meses. Segundo a acusação do MP de Lamego, citada pelo JN, o homem cruzou conhecimento com as vítimas na escola onde estas foram alunas do ensino especial. Foi aí, nesse mesmo espaço, que ambas foram abusadas pelo homem. Um terá sofrido mais abusos do que outra. Tinha 14 anos, estava no 8º ano e terá sido abusada 79 vezes. Refere a acusação que, no ano letivo 2015/2016, o arguido encontrava-se com a menor numa arrecadação recheada de produtos de limpeza, reiterando que  os abusos aconteceram duas a três vezes por semana. Já no ano letivo de 2017/ 2018, o homem terá abusado mais duas vezes desta aluna, na mesma arrecadação. Os abusos mantiveram-se nos ano letivos seguintes.

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Findado o 12º ano da jovem, os abusos continuaram, agora noutros moldes. Em outubro de 2020, a aluna frequentava um curso de formação num outro estabelecimento de ensino e o arguido ia buscá-la, de carro e levava-a até à garagem da sua habitação, em Resende. Segundo a acusação, a jovem com deficiência foi violada pelo menos três vezes. O MP revela ainda que, após os abusos, José dava chocolates, barras de cereais e bolachas à vítima. A forma de operar era a mesma com a segunda aluna, também ela violada por este homem. Os abusos terão acontecido entre o verão de 2020 e janeiro deste ano, sempre às segundas-feiras, depois da hora de almoço.

 

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