Funcionários das escolas em greve nos próximos 2 dias
Funcionários das escolas vão estar em greve nos próximos dois dias, num protesto convocado pela CGTP, que pode fechar escolas em todo o país para exigir aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.
Funcionários das escolas vão estar em greve nos próximos dois dias, num protesto convocado pela CGTP, que pode fechar escolas em todo o país para exigir aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica. A paralisação foi convocada pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FSTFPS), afeta à CGTP, uma vez que os funcionários não docentes das escolas entendem que os recentes reforços de pessoal anunciados pelo Governo «não resolvem o problema das escolas».
Artur Sequeira, coordenador da FSTFPS, em conferência de imprensa em fevereiro, quando foi anunciada a greve, responsabilizou o Ministério da Educação por «todos os entraves que possam ser criados às famílias e às crianças», alegando que passada quase uma legislatura, a tutela «continua sem dar resposta» a problemas que afetam o funcionamento das escolas e que «põem em causa os direitos elementares dos trabalhadores».
Os sindicatos exigem a abertura de concurso para, «no mínimo» 3.067 trabalhadores, garantindo a entrada de 1.067 novos e de 2.500 que já estão em funções. Dizem ainda que a portaria que define os rácios de funcionários por escola está a ser cumprida com recurso a «tempos parciais».
Carreiras, salários e integração nos quadros promovem a luta
Artur Sequeira afirmou que existe «uma negação completa» do Governo em rever as carreiras dos trabalhadores das escolas, que pretendem retomar a carreira específica que já tiveram durante a governação de António Guterres: «Foi destruída pelo senhor engenheiro Sócrates quando era primeiro-ministro».
Os salários estão também na mira dos sindicatos, que criticam a solução proposta pelo governo. «Este aumento salarial que foi feito para a função pública é um aumento populista, que tem uma capacidade fantástica de tentativa de divisão dos trabalhadores», lamentou.
A 21 de fevereiro o Ministério da Educação adiantou que iria contratar mais mil funcionários para as escolas, com contratos por tempo indeterminado, de efetividade na função pública, e criar uma bolsa que permita aos diretores substituir os trabalhadores em baixa médica.
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