Glitter e confetis são os «grandes inimigos» deste Carnaval

Chegados aos efluentes, estes pequenos pedaços de plástico vão contribuir para o aumento da poluição marinha existente nos nossos oceanos.

Glitter e confetis são os «grandes inimigos» deste Carnaval

No Carnaval há uma predominância pelo uso de decorações em plástico, como glitter ou confetis, materiais não biodegradáveis que, quando descartados, chegam muitas vezes aos efluentes líquidos dos esgotos, podendo ou não ser filtrados antes de serem descarregados nos rios e nos mares.

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Chegados aos efluentes, estes pequenos pedaços de plástico vão contribuir para o aumento da poluição marinha existente nos nossos oceanos. Tendo em conta que o glitter é um “microplástico”, como são denominadas as partículas desse material com menos de 5 milímetros, funcionam como esponjas e absorvem químicos, atuando como poluentes da água do mar. Por outro lado, podem servir de alimento para espécies marinhas, dando entrada na cadeia alimentar, pelo que surgem como uma das grandes preocupações neste Carnaval.

Grande mote do Carnaval terá que ser a redução do uso destes materiais

No caso do glitter, as pequenas partículas brilhantes normalmente utilizadas para decorar o corpo dos foliões, são, em regra, pequenos pedaços de plástico PET ou PVC e alumínio altamente poluentes. Em alternativa, têm surgido soluções biodegradáveis, mas, muitas vezes, por serem produtos novos, a degradação não acontece facilmente.

A solução será sempre a diminuição da sua utilização ou a garantia de que, após o uso, ficam impregnadas num material absorvente.

Por outro lado, a substituição de confetis de papel por confetis em plástico, brilhantes e mais apelativos, levou a que, neste período festivo, predominasse o recurso a estes materiais. Para evitar os impactos associados à sua dispersão pelo Ambiente ou o seu mau encaminhamento via rede de águas pluviais, através dos sumidouros, após as chuvas ou lavagem de ruas, e para as ETAR’s, o melhor é optar sempre pelos de papel ou, em alternativa, fazê-los em casa. É possível criar confetis com folhas das árvores que se apanham no chão, usando furadores. Desta forma, não têm um impacto negativo se forem libertados na rua.

Mas o grande mote do Carnaval terá que ser a redução do uso destes materiais, a reutilização destes enfeites de uma época para outra e assegurar uma resposta que promova a recolha seletiva dos resíduos produzidos durante os festejos.

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