Governo português diz que não há “êxodo maciço” de emigrantes e lusodescendentes da Venezuela
O Governo português afastou hoje que se esteja a registar um “êxodo maciço” de emigrantes portugueses e lusodescendentes da Venezuela, devido à crise política, económica e social naquele país, e em relação aos quais garantiu “solidariedade nacional”.
O Governo português afastou hoje que se esteja a registar um “êxodo maciço” de emigrantes portugueses e lusodescendentes da Venezuela, devido à crise política, económica e social naquele país, e em relação aos quais garantiu “solidariedade nacional”.
“Não temos dados objetivos que permitam afirmar existir um êxodo maciço da Venezuela”, afirmou hoje o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à saída de uma audição à porta fechada pela comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre a situação na Venezuela, requerida pelo CDS-PP e PSD.
Em declarações aos jornalistas, José Luís Carneiro recordou que quer o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, quer o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, já “afirmaram o princípio da solidariedade nacional, que aqui imperará sobre o conjunto dos apoios e das relações” que forem estabelecidos “tendo em vista dar resposta aos portugueses regressados”.
José Luís Carneiro referiu os números dos atos consulares nos últimos dois anos, “para mostrar que não há um crescimento exponencial”: em Caracas, em 2015, foram praticados 73.527 atos, e, no ano passado, foram feitos 86.689; já em Valência, em 2015, houve 22.749 atos e, em 2016, 22.414, garantindo existir “capacidade de resposta” dos meios consulares na Venezuela.
O governante desloca-se ainda hoje à Madeira para articular com as autoridades regionais uma resposta para os portugueses e lusodescendentes que têm procurado o arquipélago, para se instalarem definitiva ou temporariamente.
Segundo o Governo Regional, cerca de 4.000 pessoas chegaram da Venezuela nos últimos meses. Carneiro destacou a “boa cooperação” entre o ministério dos Negócios Estrangeiros e as autoridades regionais da Madeira na “procura de soluções”.
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