Conferência de imprensa COVID-19
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Publiée par Direção-Geral da Saúde sur Mercredi 6 mai 2020
Graça Freitas: “Convivência entre avós e netos é possível, mas “têm de ser observadas precauções”
“Já conseguimos encontrar qualquer coisa como 150 mutações deste coronavírus desde que saiu de Wuhan até Portugal”, avançou Fernando Almeida.
Durante a habitual conferência de imprensa da DGS, falou o diretor do Instituto Ricardo Jorge, Fernando Almeida para informar sobre as investigações que os cientistas do Instituto estão a levar a cabo sobre a covid-19. Para além de inquéritos serológicos, estão também a trabalhar na sequenciação do genoma do vírus.
“Até agora temos estado focados no diagnóstico e da resolução da epidemia. Percebemos agora que é tempo de ir em busca das respostas que o coronavírus nos pode dar”, disse. “[A sequênciação] já foi utilizada na legionella, no sarampo, na hepatite, e tem em vista percebermos a impressão digital deste coronavírus”, afirmou.
“Já conseguimos encontrar qualquer coisa como 150 mutações deste coronavírus desde que saiu de Wuhan até Portugal”, avançou Fernando Almeida. São, explica, “150 linhagens mas sempre da mesma estirpe”.
“Existem, que se saiba, sete estirpes de coronavírus. Esta nova estirpe é que tem várias linhagens e esta linhagem é que tem várias alterações no seu genoma. Estão sempre a alterar-se porque há algumas interferências de outros genomas que o transformam numa linhagem diferente. Mas sempre na mesma estirpe”, disse.
Em resposta a uma questão dos jornalistas, Graça Freitas esclarece que ainda hoje decorrerá uma reunião sobre os planos que estão a ser preparados para o regresso da 1ª Liga, e que também hoje será publicado um novo manual da DGS sobre sistemas de refrigeração e ar condicionado.
“Convivência entre avós e netos é possível, mas “têm de ser observadas precauções”
Também pelos jornalistas foi colocada a questão sobre a convivência entre avós e netos. Graça Freitas afirmou que “temos de pensar que tipo de avós estamos a falar. Há avós jovens, sem fatores de risco, e aí a convivência não envolve nenhum risco acrescido para uma população mais vulnerável”, escalareceu.
E frisou que em caso de “idade mais avançada [acima dos 70 anos]” e/ou “patologia associada”, “têm de ser observadas precauções”.
“Se os avós forem vulneráveis devem ser protegidos”, o convívio familiar com eles deve ser mantido com “todas as recomendações que temos feito”, disse ainda.
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