O caso do assassinato de Lucas Miranda ganha cada vez mais contornos macabros. Sabe-se agora que, após o crime, os homicidas, Leandro e Ricardo, de 17 e 16 anos, respetivamente, roubaram calçado e roupa da vítima.

Os menores contaram à juíza que Lucas -que tinha recentemente deixado de tomar um medicamento para a sua doença psiquiátrica- lhes pediu ajuda para morrer.

A falta dos pertences, alguns deles recuperados pela PJ de Setúbal, foi notada pelos funcionários do centro Tabor de jovens problemáticos, onde estavam institucionalizados.

Os homicidas voltaram àquela instituição por ordem da juíza, facto que está a causar transtorno naquele espaço. A direção tomou a decisão de, por precaução, enviar para casa outros 16 jovens, para receber de volta os homicidas.

Os homicidas confessaram o crime e revelaram ter tentado simular um suicídio. Usaram meias nas mãos e sobre os ténis para não deixar marcas no corpo nem no terreno. Essas meias terão sido depois queimadas.

A juíza aceitou a versão de que foi Lucas quem pediu para morrer e estabeleceu para os homicidas uma pena máxima de 3 anos. O Ministério Público, que apresentou por homicídio qualificado e pedia preventiva, vai recorrer.

 

 

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