Jovem mãe morreu após ser desprezada pela ambulância
«Um dia vais morrer, tal como toda a gente», disse o rececionista telefónico de emergência que está a causar enorme indignação por toda a internet.
Um caso que continua a chocar a França. Naomi Musenga, mãe de 22 anos ligou em dezembro ao serviço de emergência de Estrasburgo com fortes dores no estômago. Tal era anormal que disse ao telefone, ainda em linha com o número de emergência, que ia morrer. Do outro lado responderam: “Um dia vais morrer, tal como toda a gente” e o pedido de ajuda foi ignorado.
Segundo a BBC, a jovem terá ligado a outro serviço de emergência. Atendida cinco horas depois, foi levada para o hospital, mas acabou por morrer. O ministro da saúde francês já solicitou uma investigação.
Na gravação da chamada com cerca de três minutos, difundida ao público esta quarta-feira, a BBC conta que que Naomi estava com uma voz muito fraca e, naturalmente, apresentava-se com dificuldades em descrever as dores que tinha. O mais audível seria a jovem dizer: “Estou com muitas dores” e o rececionista – numa voz perturbada – responde: “Se não me dizer o que tem, eu desligo”.
O jornal francês Le Monde diz que a mulher sofreu um ataque cardíaco, mas a causa da morte foram “falhas múltiplas de vários órgãos devido a um choque hemorrágico”.
Je suis profondément indignée par les circonstances du décès de Naomi Musenga en décembre. Je tiens à assurer sa famille de mon entier soutien et demande une enquête de I’IGAS sur ces graves dysfonctionnements. Je m’engage à ce que sa famille obtienne toutes les informations .
— Agnès Buzyn (@agnesbuzyn) 8 de maio de 2018
“Estou profundamente indignado com as circunstâncias do caso de Naomi Musenga em dezembro. Tenho de assegurar à família todo o meu apoio. Prometo que vão ter toda a informação com este inquérito que vai avançar”, disse no Twitter Agnès Buzyn, ministro da saúde de França, à medida que nas redes sociais circula a hashtag #JusticePourNaomi (justiça por Naomi).
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Todavia, o jornal francês Le Parisien conta que, segundo informação de um antigo trabalhador dos serviço de atendimento médico de urgência, em 100 chamadas, só 10 a 20 é que são mesmo de emergência e há o “constante medo de errar” por parte dos telefonistas.
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