Jovem violada acusada de mentir é impedida de tomar pílula do dia seguinte
Uma jovem de 24 anos foi impedida de comprar a pílula do dia seguinte porque farmacêuticos acreditavam que esta mentia quanto à violação que sofrera.
“Sarah –nome fictício– de apenas 24 anos e nacionalidade irlandesa foi violada e, após tal ato, dirigiu-se a uma farmácia para comprar uma pílula do dia seguinte. A jovem explicou o que lhe acontecera, respondendo a um elevado número de perguntas, até que a venda do contracetivo lhe foi negada.
«O farmacêutico disse-me: ‘Se me está a mentir, não posso ajudá-la’, conta. «Eles podem recusar a venda se não concordarem» explica ainda.
Segundo a lei irlandesa, os farmacêuticos podem recusar-se a vender o contracetivo. Semanas depois, Sarah descobriu estar grávida do violador e considerou que a única opção seria abortar. Para tal, a jovem trabalhou, a fim de ganhar dinheiro suficiente para poder de viajar até ao Reino Unido, onde lhe seria permitido fazer a intervenção.
Sozinha, uma vez que decidiu esconder a violação de familiares e amigos, a jovem viajou para Inglaterra. «A única coisa em que pensava era como tirar o bebé de mim. Não havia forma de continuar com a gravidez, não queria engravidar. Eu gostava de ter filhos, mas no meu tempo, não de outra forma e não assim», conta.
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Quando denunciou o caso à polícia civil da República da Irlanda, foi questionada se teria ingerido bebidas alcoólicas antes de prestar a queixa. «Como se [a bebida] justificasse o que o violador teria feit, perguntou ela.
Depressa foi levada para uma sala de interrogatório onde, explica, demorou cerca de 20 minutos para dizer «fui violada», tendo recebido a primeira resposta fria”, termina.
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