Lisboa utilizada como porta de entrada para trazer «escravas sexuais» para a Europa
Mulheres tem sido trazidas por redes tráfico humano para Lisboa, para de seguida serem exploradas sexualmente na Europa Central, incluindo, em Portugal.
Ao longo do ano de 2017, o SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deteve sete suspeitos de traficarem e explorarem sexualmente mulheres. Este dado está a preocupar as autoridades portuguesas, visto que nos anos passados não houve qualquer detenção, nestas circunstâncias.
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O último suspeito detido, no ano passado, foi de um imigrante nigeriano que chegou ao aeroporto de Lisboa vindo de Casablanca, acompanhado de três mulheres, no dia 26 de dezembro. Mais tarde, o SEF, descobriu que o destino das mulheres que estavam a seu lado era de serem traficadas e exploradas sexualmente na Alemanha e França.
Lisboa é porta de entrada para a Europa
Segundo declarações prestadas ao Correio da Manhã, as autoridades portuguesas acreditam que Portugal, nomeadamente, Lisboa está a tornar-se uma porta de entrada para o tráfico e exploração sexual de mulheres na Europa Central. O Ministério Público já está a investigar o caso.
Os sete detidos no último ano eram, na sua maioria, de origem africana, sobretudo oriundos da Nigéria. As vítimas também são maioritariamente naturais da Nigéria e de zonas do Golfo da Guiné.
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As idades das mulheres rondam menos de 20 anos e de acordo com o SEF, «em situação de excecional vulnerabilidade, em razão da sua situação socioeconómica» são seduzidas com promessas de trabalho bem remunerado na Europa.
«Ao mesmo tempo, há uma maior atenção a este tipo de crime e o facto de casos semelhantes terem sido detetados noutros aeroportos europeus, o que leva os criminosos a mudar de rota para conseguir entrar na Europa», explica uma fonte do SEF, em entrevista com o mesmo órgão de comunicação social.
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