Maëlys de Araújo: Menina luso-descendente é sepultada hoje após 279 dias do homicídio
Após ter sido confirmada a causa da morte de Maëlys, a família vai poder finalmente enterrar a menina de 9 anos.
Maëlys de Araújo, a menina luso-descendente que foi morta durante uma festa de casamento em França a 27 de agosto do ano passado, vai ser enterrada este sábado, dia 2 de junho, passados 279 dias desde o dia da sua morte.
As cerimónias fúnebres apenas vão se concretizar 108 dias após terem sido encontrados os restos mortais da menor. Família e amigos reúnem-se hoje em Tour di Pin, em Grenoble, para um último adeus à pequena Maëlys.
Análise aos restos mortais de Maëlys revela como a menina luso-descendente morreu
Passados três meses da descoberta dos restos mortais de Maëlys de Araújo foram revelados os exames finais que revelam como a menina de nove anos realmente morreu.
Os especialistas forenses confirmaram que a menor não foi vítima de qualquer abuso sexual e que apenas sofreu uma lesão, no maxilar, infligida antes de ter morrido.
«Não há qualquer elemento que permita afirmar que ele [autor do crime] tenha violado a criança. (…) Não há outra lesão [para além da na mandíbula], nenhuma outra fratura ou fissura, apesar do exame muito detalhado feito aos seus ossos e crânio», assegurou fonte citada pelos órgãos de comunicação social.
Os especialistas concordaram que Maëlys morreu da agressão que sofreu ainda com vida. As conclusões da última análise ao corpo da menor coincidem com a versão contada pelo autor confesso Nordahl Lelandais, de 35 anos.
Após meses de espera, o autor confesso da morte de Maëlys explicou como matou a menina
Lelandais revelou em tribunal como é que a menina de oito anos morreu.
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De acordo com o criminoso, a criança, que desapareceu de um casamento no fim de agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, no centro-leste de França, terá entrado no carro de Lelandais, no lugar do pendura, para ver os seus cães.
De seguida, já com o carro em andamento, a menor terá entrado em pânico e pedido ao assassino para voltarem para trás. Em andamento, Lelandais terá gritado que «não» e «dado uma bofetada violenta com as costas da mão na cara» de Maëlys. Nesse momento, a menina terá instantaneamente desmaiado. O criminoso parou o veículo e percebeu que a criança «já não respirar».
Lelandais acabou por «depositar» o corpo de Maëlys no barracão perto da casa dos pais, onde vivia. O homem terá «livrado-se dos seus calções manchados de sangue e regresado ao casamento».
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Maëlys desapareceu a 27 de agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, no leste de França.
Lelandais foi detido em 31 de agosto e foi formalmente acusado do homicídio da lusodescendente.
A 14 de fevereiro, indicou à polícia o local onde enterrou os restos mortais da criança, tendo sido encontrado “quase todo o esqueleto”, segundo o procurador de Grenoble, Jean-Yves Coquillard. Dois dias depois, foi hospitalizado no Centro Hospitalar de Vinatier, numa unidade que recebe pessoas em detenção.
Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, é o principal suspeito de um outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em abril passado naquela mesma região, em Chambéry.
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