MP abre inquérito a Sara Sampaio por tweet contra André Ventura

O Ministério Público abriu inquérito a Sara Sampaio pela publicação de uma foto Twitter no dia de reflexão das presidenciais com boletim de voto a tapar a cara de André Ventura. Líder do Chega diz que Sara “tem de se habituar à democracia”.

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar uma publicação que a modelo Sara Sampaio fez nas redes sociais contra André Ventura, bem como um tweet do deputado do PS Eduardo Barroco de Melo que acusa Tiago Mayan Gonçalves de negócios familiares. Em causa está o facto de as publicações terem sido feitas no dia anterior às eleições presidenciais (dia de reflexão em que não é permitido fazer campanha).

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou que a modelo e o deputado socialista violaram o dia de reflexão e fizeram “propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral”, tendo havido indícios de “prática ilícita” em relação à Lei Eleitoral do Presidente da República, avança o jornal I.

Sara Sampaio e Eduardo Barroco de Melo arriscam pagar multa entre 2,49€ e 24,94€

No caso de Sara Sampaio, tratou-se de uma fotografia publicada em várias redes sociais (entre as quais o Twitter) do boletim de voto, onde a modelo tapava propositadamente, com uma caneta, o nome e a foto de André Ventura. A CNE admite que a interpretação possa ser “controversa”, mas conclui que existe uma “clara intenção em influenciar sentido de voto”. 

André Ventura disse àquele jornal que espera que “Sara Sampaio aprenda a viver em democracia” e que a atitude da modelo teve uma “enorme falta de cultura democrática”, tendo surgido “no seguimento de coisas muito baixas” que escreveu nas redes sociais sobre o deputado e o Chega. “Estas vedetas, às vezes, começam a viver numa bolha”, acusa. Veja na galeria as publicações da modelo a que se refere Ventura.

Já em relação a Eduardo Barroco de Melo, o motivo do inquérito é resultado de num tweet publicado no sábado antes das eleições em que o deputado alegava que Tiago Mayan Gonçalves trabalhava na empresa da mãe. Ao jornal, o socialista disse não ter sido ainda “notificado” pelo MP, mas salientou não “vislumbrar qualquer ilícito criminal”. No entanto, segundo a CNE, a publicação do deputado “visava atingir diretamente um candidato” presidencial Tiago Mayan Rodrigues.

A Comissão argumenta que o “dever de respeito pelo período de reflexão implica a abstenção da prática de atos de propaganda por qualquer meio” e que isso “inclui qualquer ato, mesmo que não destinado à eleição a realizar”. Sara Sampaio e Eduardo Barroco de Melo arriscam uma pena de prisão até seis meses e o pagamento de uma multa entre o 2,49€ e os 24,94€.

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