Multidão junta-se no último adeus a bebé-milagre
Uma multidão juntou-se para se despedir de Alfie Evans, mais conhecido como bebé-milagre. O menino sobreviveu cinco dias desligado das máquinas
Alfie Evans, apelidado de bebé-milagre, morreu no passado mês de abril, no Hospital Alder Hey, em Liverpool, Inglaterra, após ter sobrevivido cinco dias sem estar ligado a máquinas, contra todas as expectativas.
Em homenagem ao corajoso bebé de dois anos, uma multidão reuniu-se esta segunda-feira, dia 14 de maio, para um último adeus a Alfie, antes das cerimónias fúnebres que se seguiram. Centenas de pessoas juntaram-se à porta do estádio Goodison Park, casa do Everton, clube pelo qual o menino torcia.
Alfie Evans, o bebé-milagre que inspirou o mundo
Alfie Evans, de 23 meses, que tinha uma doença neurológica degenerativa e cujos pais travaram uma batalha judicial para o tratarem em Itália, morreu no dia 28 de abril. Quem anunciou a morte do menino foi o próprio pai, Tom Evans.
Numa mensagem colocada na rede social Facebook, Tom Evans escreveu: «O meu gladiador ganhou seu escudo e as suas asas às 02.30 … absolutamente desconsolado.»
Os pais de Alfie tinham tentado, sem sucesso, que a justiça britânica os autorizasse a levar a criança para Itália
A criança tinha uma condição neurológica degenerativa incurável e os médicos britânicos diziam que qualquer tratamento adicional era fútil, mas os pais pretendiam levar o bebé para um hospital em Itália, onde ele seria mantido em suporte de vida.
Todos os recursos interpostos separadamente pelos pais — que beneficiam do apoio do papa e do Governo italiano — «serão rejeitados», declarou o juiz Andrew McFarlane, do Supremo Tribunal de Londres na última quarta-feira.
A batalha legal entre os pais de Alfie e os médicos, que durou meses, teve intervenções do papa Francisco e das autoridades italianas, que apoiaram as pretensões da família de que o filho recebesse tratamento num hospital do Vaticano, concedendo-lhe a cidadania italiana.
Os médicos que trataram Alfie no Hospital Pediátrico Alder Hey, em Liverpool, referiam que o bebé estava num “estado semivegetativo”, em resultado de uma doença degenerativa do cérebro que não conseguiram identificar com precisão, que a sua atividade cerebral é reduzida e que é inútil proceder a mais tratamentos.
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