Nutrição na menopausa: Saiba o que deve comer e os alimentos a evitar

Com a entrada na menopausa, muitas mulheres queixam-se com o aumento do peso corporal. Luís Cristino, nutricionista da Clínica Central da Areosa, parceira do Fitness Hut – Grupo ViVaGym, sugere-lhe alguns hábitos alimentares saudáveis.

Nutrição na menopausa: Saiba o que deve comer e os alimentos a evitar

A menopausa é descrita por  Luís Cristino, nutricionista da Clínica Central da Areosa, parceira do Fitness Hut – Grupo ViVaGym, como uma condição fisiológica que surge com o avanço da idade em mulheres entre os 40 e 60 anos de idade. No entanto, este processo biológico natural pode ter início em idades mais jovens, devido aos hábitos tabágicos e aos défices nutricionais (desnutridas). As pessoas que vivam em zonas de elevadas altitudes também podem ver esta fase antecipada.

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«Esta condição é marcada pelo fim do período fértil, deixando os ovários de produzir estrogénio e progesterona. A última menstruação pode ser identificada depois da falta da menstruação durante um período mínimo de um ano», refere Luís Cristino, adiantando que os principais sintomas são suores, redução da energia, ansiedade e complicações ósseas, com diminuição da densidade óssea, após a menopausa.

Nesta fase da vida, muitas mulheres queixam-se do aumento do peso. «Na literatura mais recente podemos verificar que em média as mulheres têm um aumento ponderal de 2 a 3 kg durante a menopausa. Sendo que a probabilidade de aumento de peso é maior em mulheres que já apresentem quilos a mais».

O aumento do peso deve-se alterações no metabolismo basal ou o estilo de vida?

Nesta fase há, efetivamente, «uma pequena redução do metabolismo basal, acompanhado por uma alteração da distribuição da gordura corporal com uma maior predominância de gordura na zona abdominal (silhueta ‘maçã’), ocorrendo ainda um aumento da gordura visceral devido à diminuição das concentrações de estrogénio», refere o nutricionista.

Segundo Luís Cristino verifica-se, no entanto, que o aumento de peso deve-se, principalmente, «a um maior sedentarismo nesta fase da vida, com menos atividade ao longo do dia e a ausência de exercício físico, o que leva também a uma perda de massa muscular e, consequentemente, a uma diminuição da capacidade física.

«A perda de massa muscular contribui ainda para a diminuição do metabolismo basal, uma vez que é parte importante do dispêndio energético em repouso. Combinado com o sedentarismo, estão também hábitos alimentares menos saudáveis, com alimentos densamente calóricos, o stress, a privação do sono e as questões psicológicas.»

É importante o reforço do consumo de alimentos ricos em cálcio

Outra das consequências das alterações hormonais é a redução da densidade mineral óssea, levando ao aumento de risco de fratura e diminuição da tolerância ao exercício. «Assim, é importante o reforço do consumo de alimentos ricos em cálcio, destacando-se os lacticínios magros. A vitamina D, seja pela exposição solar, via alimentar ou por suplementos, é também importante.»

Luís Cristino refere ainda que os «produtos à base de soja, por serem ricos em fitoestrogénios, são apontados como alimentos importantes para redução dos sintomas da menopausa, principalmente os suores».

«Assim, e com vista a diminuição do aumento de peso na menopausa, é aconselhado a criação e manutenção de hábitos alimentares e de estilos de vida saudáveis», avança o nutricionista e finaliza: «Com o aumento da atividade física e com a escolha de alimentos mais saudáveis, com menor densidade energética, nomeadamente com a redução do consumo de açúcares, gordura saturada e álcool acompanhada com um aumento no consumo de hortofrutícolas e proteína de alto valor biológico».

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