“Olá, mãe”, “Olá, pai”. PJ detém alegado criador de burla pelo WhatsApp
A Polícia Judiciária (PJ) deteve o alegado autor das burlas “Olá mãe” e “Olá pai”, nas quais os burlões usam o Whatsapp, fazem-se passar por filhos e pedem aos pais para enviar dinheiro por transferência via MB Way.
A Polícia Judiciária anunciou a detenção do alegado autor de burlas feitas através do WhatsApp, designadas como “Olá, mãe” ou “Olá, pai”. Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ refere que o suspeito é “um cidadão estrangeiro, com 25 anos”.
A burla começou a ser identificada em 2021, no Reino Unido, fez também várias vítimas no Brasil e agora parece ter chegado a Portugal. O esquema de burla é bastante simples. Os burlões utilizam a rede social WhatsApp onde se fazem passar por filhos das vítimas, que escolhem aleatoriamente. Enviam mensagens através da aplicação de mensagens escritas e, se a vítima acreditar que realmente está a falar com o filho, o burlão pode-lhe que envie um certo montante via MB Way.
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Caso o burlão seja descoberto, a pessoa é imediatamente bloqueada e o golpe prossegue para outra vítima. No Reino Unido, onde os primeiros casos foram denunciados, as perdas representam mais de um milhão e 700 mil euros. Segundo fonte da PJ, citada pelo Público, em Portugal, “nas situações já comunicadas estão em causa valores aproximados na ordem dos seis mil euros”. A mesma fonte adiantou que o arguido, estrangeiro, “não tem actividade profissional” e “tem autorização de residência” no país.
A Polícia Judiciária explica que o homem – detido nesta quarta-feira – foi identificado pela “utilização de uma conta bancária, na qual estavam a ser depositados valores oriundos de burlas, através de mensagens de whatsApp”. E deixa um alerta para que “em momento algum”, qualquer pessoa “satisfaça pedidos via WhatsApp ou outras plataformas de comunicação similares”, sem antes confirmarem (através de um telefonema) a identidade da pessoa que está do outro lado do telefone. “Reforçando os alertas já emitidos e verificando-se um número crescente de denúncias por aquele tipo de burla, a Polícia Judiciária alerta os cidadãos para, em momento algum, satisfazerem pedidos via WhatsApp ou outras plataformas de comunicação similares, sem confirmação prévia dos familiares, em nome de quem são feitas as solicitações, de transferências de dinheiro”, lê-se no comunicado.
Constituído arguido pela PJ, foi presente ao Ministério Público e por este interrogado, manteve-se sujeito a termo de identidade e residência e foi devolvido à liberdade, ainda segundo este responsável da PJ.
Foto: UnSplash
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