Onze mortos e quase 20 mil casas destruídas no norte de Moçambique pelo ciclone Dikeledi

Pelo menos 11 pessoas morreram e quase 20 mil casas ficaram destruídas na sequência da passagem do ciclone tropical Dikeledi na província de Nampula, norte de Moçambique, segundo o mais recente balanço oficial.

Onze mortos e quase 20 mil casas destruídas no norte de Moçambique pelo ciclone Dikeledi

De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD), com dados preliminares até às 18:00 de 18 de janeiro, a passagem daquele ciclone afetou 249.813 pessoas, num total de 49.412 famílias, com registo de 27.470 casas parcialmente destruídas e 19.751 totalmente destruídas, além de 95 casas inundadas e 44 unidades sanitárias afetadas.

Dos 11 mortos registados na sequência da passagem do ciclone pela província de Nampula, três registaram-se no distrito de Memba e outros três em Angoche, além de um total de 34 feridos.

Atualmente, há 2.316 pessoas deslocadas em três centros de acomodação na província.

O balanço do INGD aponta igualmente para 129 afetadas pelo ciclone, nomeadamente 371 salas de aula e por consequência 807 professores, mas também 67 quilómetros de estrada, 115 embarcações danificadas e 2.278 postes de média tensão tombados.

O ciclone tropical Dikeledi, o segundo no espaço de um mês a atingir o norte de Moçambique, formou-se em 31 de dezembro na bacia sudoeste do oceano Índico, tendo atingido o continente em 13 de janeiro, através do distrito de Mossuril, na província de Nampula, já na categoria 3, com ventos de até 195 quilómetros por hora e com chuvas intensas, acima de 150 milímetros em 24 horas.

O anterior, o ciclone tropical intenso Chido, de nível 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na madrugada de 14 de dezembro, enfraquecendo depois para tempestade tropical severa, continuando, nos dias seguintes, a fustigar as províncias no norte de Moçambique com “chuvas muito fortes acima de 250 mm [milímetros]/24 horas, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes”, segundo informação anterior do Centro Nacional Operativo de Emergência.

Dados atualizados recentemente pelas autoridades moçambicanas adiantam que pelo menos 120 pessoas morreram e outras 868 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

 

PVJ // VM

Lusa/Fim

By Impala News / Lusa

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