Pai da madrasta de Valentina diz que filha sofria de violência doméstica
A menina não tinha direito a ter um quarto. Viveu sempre no sofá onde acabou por morrer.
O pai de Márcia, a madrasta de Valentina, revela, ao Correio da Manhã, que a filha era vítima de violência doméstica e que foi por isso que ficou calada. Segundo a mesma publicação, não há fotos de Valentina na casa onde o pai, Sandro, e a madrasta, Márcia, viviam. A menina não tinha direito a ter um quarto. Viveu sempre no sofá onde acabou por morrer.
Sandro e Márcia começam a ser julgados na quarta-feira, em Leiria. Agora, o pai de Márcia, João, sai em defesa da filha. “Sempre teve medo dele, por isso não o denunciou”, afirma à publicação, contando depois que a filha era vítima de violência doméstica. “O Sandro sempre ameaçou que fazia mal ao meu neto, o único que não era filho dele. Sempre bateu na minha filha, partia tudo em casa, não a deixava falar com ninguém”, revelou.
Os pais de Márcia viviam na Bélgica quando Valentina morreu. Souberam do desaparecimento da menina através da televisão e a mãe de Márcia chegou a ser hospitalizada quando percebeu que a filha tinha sido presa pela coautoria do homicídio da enteada.
João garante ainda que Sandro sempre manipulou a filha. “Ele não se imagina a viver sem ela. Era uma obsessão. Mais do que os filhos, tinha medo que a Márcia o deixasse”, afirmou ao COrreio da Manhã.
Valentina, de 9 anos, foi espancada pelas 09h00 da manhã e terá morrido dez horas depois, pelas 19h00. A menina desapareceu a 7 de maio de 2020. Crime aconteceu em Atouguia da Baleia, Peniche.
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