Pedro Dias nega ter matado casal e acusa militar da GNR do crime
O alegado homicida de Aguiar da Beira, acusado de três homicídios e duas tentativas de assassinato, confirmou, pela primeira vez, um dos crimes de que é acusado
Pela primeira vez depois de meses de silêncio, Pedro Dias, o alegado homicida de Aguiar da Beira, quebrou o silêncio e admitiu os crimes de que é acusado.
O início da sessão ficou marcado pelo alerta, do Presidente do colectivo de juízes , de que não seriam permitidas perturbações no decorrer da audiência.O suspeito de homicídio está esta manhã em julgamento no Tribunal da Guarda e no decorrer da sessão já admitiu que estava na posse de uma arma de fogo no dia em que tudo aconteceu, a 11 de outubro.
Pedro Dias disse ter parado a pick-up que conduzia numa zona isolada, junto à zona industrial de Vila Chã, em Aguiar da Beira e que quando foi abordado por dois militares da GNR, dado o local suspeito onde se encontrava, lhes garantiu que estava apenas a descansar. Negou ter um pé de Cabra como chegou a ser dito.
Sobre a morte do militar da GNR, Carlos Caetano, Pedro Dias assume que o matou mas que foi para se defender. O homicida alega que o militar, de 29 anos, o agrediu e o atirou contra a carrinha afirmando: «És um pilha galinhas, diz-me o que estás aqui a roubar». No seguimento das alegadas agressões, Pedro Dias afirma que puxou da sua arma para que «aquilo acabasse» mas que o objetivo «não era matá-lo, mas fazer com que ele terminasse aquelas agressões».
Pedro Dias acusa militar da GNR de ter matado casal
Apesar de admitir o homicídio do militar da GNR, Carlos Caetano, com uma arma de fogo, Pedro Dias negou as outras duas mortes de que é acusado.
Na sequência do seu discurso, o suspeito acusa o militar António Ferreira de ser o homicida do casal que foi morto na estrada, Luís e Liliane Pinto. O suspeito alega ter tido medo e que «só queria sair dali».
[Em atualização]
Fontes: Público; Observador; TVI
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