Pequim pede a Washington para abandonar «mentalidade» da Guerra Fria
A República Popular da China pediu aos Estados Unidos para abandonar a «mentalidade da Guerra Fria» e tratar das divergências de forma construtiva.
A República Popular da China pediu esta terça-feira aos Estados Unidos para abandonar a “mentalidade da Guerra Fria” e tratar das divergências de forma construtiva respondendo ao presidente norte-americano que considerou o país como “rival” e “concorrente estratégico”.
“Pedimos aos Estados Unidos que deixe de distorcer os interesses estratégicos da China e abandone o ‘jogo de soma zero’ e a mentalidade da Guerra Fria”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Hua Chunying, numa conferência de imprensa na capital chinesa.
Hua insistiu no ponto de vista de Pequim de que a “cooperação de mútuo benefício é a única cooperação viável” para os dois países tendo pedido a “adoção de uma via construtiva” capaz de resolver as “diferenças”.
Trump tem nova estratégia de segurança
Pequim reagia assim à nova estratégia de segurança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentada nas últimas horas em que Washington aponta a China e a Rússia como concorrentes a nível estratégico.
Num discurso em Washington, Trump apontou os dois países como “poderosos rivais” que podem eventualmente constituir potenciais ameaças para os Estados Unidos.
Hua sublinhou que a China mantém um caminho de “desenvolvimento pacífico” através da cooperação cada vez maior com os outros países apoiando, cada vez mais, as Nações Unidas.
“A China contribuiu e protege a ordem internacional” com uma diplomacia que é “bem acolhida em todo o mundo”, disse também o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Sendo assim, sublinhou, “é inútil que qualquer país venha distorcer os factos para desacreditar a China” e insistiu que “ninguém deve ter ilusões” sobre a República Popular da China em questões de defesa da soberania e interesses estratégicos.
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