Polícia lança granadas de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes em Hong Kong

A polícia voltou a disparar granadas de gás lacrimogéneo dentro de uma estação de comboios em vários bairros de Hong Kong, onde manifestantes ocuparam estradas em mais uma demonstração contra o Governo.

Polícia lança granadas de gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes em Hong Kong

A polícia voltou a disparar granadas de gás lacrimogéneo dentro de uma estação de comboios em vários bairros de Hong Kong, onde manifestantes ocuparam estradas em mais uma demonstração contra o Governo. Os protestantes atiraram tijolos contra agentes de segurança e ignoraram os avisos para abandonarem o local na área de Sham Shui Po, alegou a polícia, adiantando que agiu contra uma “assembleia não autorizada”, de acordo com a agência Associated Press.

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Polícia forçada a agir

A polícia recorreu ao uso de granadas de gás lacrimogéneo no centro de Hong Kong, em ambas as laterais do porto Vitória, em Tsim Sha Tsui e em Wan Chai, na Ilha de Hong Kong. Num dos locais, os manifestantes bloquearam a entrada de uma praça, para impedir a polícia de entrar. Na esquadra de Tsim Sha Tsui, um polícia foi hospitalizado com queimaduras nas pernas provocadas por um ‘cocktail molotov’ lançado por um manifestante. O interior de uma estação de comboios em Kwai Fong foi transformado numa nuvem de gás depois de uma dúzia de polícias terem lançado várias granadas, não sendo claro quantos manifestantes se encontravam dentro do espaço.

Contestação social

“Esperamos que o mundo saiba que Hong Kong não é a Hong Kong que costumava ser”, afirmou uma manifestante, Louisa Ho, citada pela AP, acrescentando: “A China está a fazer cada vez mais pressão sobre Hong Kong, o seu povo e as suas organizações”. Este foi o nono fim de semana de protestos consecutivo. A contestação social começou em junho, desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

 

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