Açores são “terra de oportunidades” e de “muito futuro” para investidores
O presidente do Governo dos Açores lembrou também que os Açores “têm os impostos mais baixos” de Portugal, também para “criar competitividade na atração de investimento estrangeiro”. José Manuel Bolieiro falava em Cambridge, na costa leste dos Estados Unidos, num jantar com empresários e dirigentes associativos da comunidade de emigrantes e descendentes açorianos e portugueses.
O presidente do Governo dos Açores apresentou a região como “terra de oportunidades” e “muito futuro” para as novas economias, devido à centralidade que assumiu num planeta globalizado e das apostas no mar ou no espaço. José Manuel Bolieiro falava, na quinta-feira, em Cambridge, nos arredores da cidade de Boston, na costa leste dos Estados Unidos, num jantar com empresários e dirigentes associativos da comunidade de emigrantes e descendentes açorianos e portugueses, no Sport Club Faialense, que fez recentemente 50 anos de existência.
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“A nossa geografia, que tem sido razão dos nossos condicionamentos, é uma oportunidade agora de centralidade do planeta. As novas economias – verde, azul, do espaço e do mar – transformaram os Açores numa terra de oportunidades”, afirmou o chefe do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, por ocasião de visita aos estados de Massachusetts e Rhode Island, a decorrer até terça-feira. Bolieiro lembrou que os Açores “têm os impostos mais baixos” de Portugal, também para “criar competitividade na atração de investimento estrangeiro”.
O responsável pediu aos emigrantes e descendentes de açorianos que transmitam ao mundo esta nova imagem de um arquipélago projetado no futuro e que pensem nos Açores como um potencial investimento O executivo está a desenvolver um gabinete que reúna toda a informação necessária para investidores estrangeiros, disse. “Acreditem que os Açores têm muito futuro. Depois do ‘Brexit’, Portugal é referência pela posição mo mar, e é por causa dos Açores”, frisou.
O presidente do Governo assinalou ainda a importância do arquipélago na “estratégia para as comunicações, através dos cabos submarinos de fibra ótica”. “Passamos a ser uma centralidade sobre estudo do mar profundo, da coluna de água. Na economia do espaço, temos também uma posição estratégica”, sublinhou. Deve, por isso, olhar-se o futuro “com ambição”, em vez de o fazer “com o queixume de ser pequeno e de fracas oportunidades”.
“Os Açores estão muito melhores do que quando vocês saíram para a terra do sonho e das oportunidades, mas ainda não em condições ideais para fixar as populações nas ilhas. A demografia é um problema. E, também, a economia, porque não tem massa crítica para gerar desenvolvimento. Mas, ou nos mantemos na crítica, ou criamos novas oportunidades”, defendeu.
O atual executivo quer uma “economia de precisão que permite valorizar recursos da Natureza em vez de os esgotar”, salientou. “Estamos empenhados nessa lógica. Vivemos numa perspetiva de progressiva autonomia agroalimentar e marítimo-alimentar. Estamos a desenvolver essa ideia de economia de precisão na agricultura e no mar”, acrescentou.
Quanto ao turismo, a intenção é “não massificar”. “A nossa galinha dos ovos de ouro está na nossa Natureza. É preciso acrescentar, valorizar”, sustentou. “Quis que esta visita fosse uma oportunidade de tratar o presente e o futuro, e não apenas a história que nos dá a nossa identidade”, justificou. Para Bolieiro, importa “dar um sinal” de compromisso, “com orgulho, com a açorianidade espalhada pelo mundo”, mas também com o “agarrar de oportunidades”.
No encontro, o cônsul geral de Portugal em Boston, Tiago Araújo, elogiou “a forma como os Açores conseguiram reinventar a sua centralidade atlântica”. “Os Açores estão a acolher alguns dos projetos mais inovadores que o país tem em áreas como o espaço, os oceanos ou alterações climáticas. De tesouro escondido transformaram-se num tesouro bem conhecido”, observou.
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