Albuquerque confia na vitória do PSD na Madeira mas evita falar em maioria absoluta

O cabeça de lista do PSD às legislativas antecipadas de 23 de março na Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje ter a expectativa de que o partido vai vencer as eleições, mas não esclareceu se confia numa maioria absoluta.

Albuquerque confia na vitória do PSD na Madeira mas evita falar em maioria absoluta

“Estou confiante que os madeirenses vão reconhecer que não podem continuar a viver nesta instabilidade”, declarou, acrescentando: “Vou para todas as eleições com a expectativa de obter uma maioria”.

Miguel Albuquerque, que falava aos jornalistas após a entrega da lista de candidatos do PSD no Tribunal da Madeira, no Funchal, disse também que os madeirenses sabem que os social-democratas são uma garantia de autonomia, progresso, estabilidade, previsibilidade e segurança, “independentemente de gostarem mais ou menos do partido”.

O cabeça de lista do PSD, também presidente do Governo Regional em gestão e líder da estrutura local do partido, considerou que os madeirenses não estão cansados dos executivos social-democratas, mas de uma oposição que utiliza o “tiro ao alvo” ao governo como método de fazer política.

“O PSD/Madeira vai novamente a eleições devido à irresponsabilidade de três partidos, o Chega, o PS/Madeira e o JPP, que devido às suas ambições rocambolescas de poder resolveram deitar o Governo abaixo, causando transtorno à vida pública regional, afetado aquilo que são as expectativas dos empresários, das famílias e dos cidadãos”, declarou.

Albuquerque considera, por isso, nas eleições antecipadas existem apenas duas opções.

“Ou enveredamos pelo caos, pela instabilidade, que é isso que os partidos da oposição querem oferecer aos madeirenses e porto-santenses, ou então temos segurança, previsibilidade e estabilidade, que é aquilo que o PSD/Madeira sempre ofereceu”, explicou.

Por outro lado, disse não temer um possível aumento da abstenção nas eleições de 23 de março, considerando que a população já percebeu que a oposição quer “chegar ao poder no meio do caos” e através de “coligações completamente surrealistas”.

“Esta gente está com umas ambições desmedidas e não quer saber dos interesses económicos da região”, sublinhou.

O cabeça de lista social-democrata desvalorizou as disputas internas pela liderança do partido, bem como os processos judiciais nos quais vários membros do executivo e da lista de candidatos foram constituídos arguidos, incluindo o próprio.

“Acho que, neste momento, os madeirenses já perceberam que não há alternativa ao PSD/Madeira”, disse, sublinhando que o partido, que governa a região autónoma desde 1976, tem um histórico de “crescimento e progresso” no arquipélago.

Miguel Albuquerque desvalorizou também a experiência política e governativa do candidato do PS, o principal partido da oposição madeirense, Paulo Cafôfo, como presidente da Câmara Municipal do Funchal e secretário de Estado das Comunidades no último governo socialista liderado por António Costa.

“Ele tem uma experiência de inatividade e de incompetência, que foi o que ele assegurou quando esteve na câmara e quando foi secretário de Estado”, afirmou.

Albuquerque disse ainda que a sua candidatura conta com o apoio da estrutura nacional do partido, mas vincou que isso não significa que necessita de “bengalas”.

“Como toda a gente sabe, o PSD não precisa de bengalas de Lisboa para fazer a sua campanha”, esclareceu.

Na lista PSD, seguem-se José Prada, Rubina Leal, Jaime Filipe Ramos e Rafaela Fernandes.

Os social-democratas venceram as últimas eleições regionais, realizadas em maio do ano passado, obtendo 49.104 votos (36,89%).

O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles — Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura – foi arquivado pelo Ministério Público.

A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março — o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.

O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP (partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas), um da IL e um do PAN.

DC // MCL

By Impala News / Lusa

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