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Alemanha rejeita imposição de paz aos ucranianos
“A próxima tarefa é garantir que não haja uma paz imposta” à Ucrânia, declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, exigindo, em particular, que Kiev possa manter “um exército forte” após qualquer acordo.
Ainda “não é claro em que condições a Ucrânia estaria disposta a aceitar um acordo de paz”, disse Scholz numa entrevista ao ‘site’ de notícias Politico, citada pela agência francesa AFP.
Scholz considerou, no entanto, que as discussões que teve com o Presidente norte-americano, Donald Trump, e as que teve entre os seus conselheiros, “permitem esperar e assumir que os Estados Unidos continuarão a apoiar a Ucrânia”.
Trump anunciou na quarta-feira que vai encontrar-se com o homólogo russo, Vladimir Putin, na Arábia Saudita, pouco depois de os dois terem falado ao telefone e concordado em iniciar imediatamente negociações para acabar com a guerra na Ucrânia.
O Presidente norte-americano afirmou que seria irrealista a adesão da Ucrânia à NATO, que Kiev deseja mas Moscovo rejeita em absoluto.
Os Estados Unidos exigem que os europeus assumam a maior parte do apoio a Kiev e excluem enviar soldados para a Ucrânia, no âmbito de uma eventual missão de manutenção da paz.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, lamentou em Bruxelas que os Estados Unidos tivessem feito concessões à Rússia “mesmo antes do início das conversações”.
O vice-presidente dos Estados Unidos JD Vance, e o seu chefe da diplomacia, Marco Rubio, deverão reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a Conferência de Segurança de Munique na sexta-feira.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa) disse hoje que o encontro entre Putin e Trump deve realizar-se o mais rapidamente possível para discutir a Ucrânia, mas também a segurança da Rússia e na Europa como um todo.
“Não há dúvida de que todas as questões relacionadas com a segurança no continente europeu, em particular os aspetos que dizem respeito ao nosso país, a Federação Russa, devem ser discutidas em conjunto, e presumimos que será esse o caso”, afirmou Dmitri Peskov.
“É certamente necessário que esta reunião se realize rapidamente, os chefes de Estado têm muito a dizer um ao outro”, acrescentou.
A Rússia vê a expansão da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) nas suas fronteiras como uma ameaça existencial.
Em dezembro de 2021, pouco antes da invasão da Ucrânia, Moscovo enviou ao Ocidente uma lista de exigências de garantias de segurança.
As exigências incluíam a proibição de a Ucrânia e outros países da antiga União Soviética aderirem à NATO.
Moscovo exigiu também a retirada das tropas e armas da NATO dos países que aderiram à organização depois de maio de 1997.
A lista incluía os Estados Bálticos e a Polónia, que fazem fronteira com a Rússia, e a Roménia e a Bulgária, que fazem fronteira com o Mar Negro.
As principais exigências foram rejeitadas pela NATO e pelos Estados Unidos no final de janeiro, tendo Moscovo lançado o ataque à Ucrânia um mês depois, em 24 de fevereiro de 2022.
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By Impala News / Lusa
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