António Costa: É preciso «construir pontes em vez de criar muros» entre Europa e África

António Costa defendeu na cimeira União Europeia – União Africana, em Abidjan, a necessidade de «construir pontes em vez de criar muros» entre os continentes europeu e africano.

António Costa: É preciso «construir pontes em vez de criar muros» entre Europa e África

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta quinta-feira, num discurso na cimeira União Europeia – União Africana, em Abidjan, a necessidade de “construir pontes em vez de criar muros” no relacionamento entre os continentes europeu e africano.

“Precisamos de atacar os problemas na raiz, através de uma agenda positiva, que combata a pobreza e promova o desenvolvimento, que construa pontes em vez de criar muros, que reforce a cooperação entre os nossos continentes, que ajude a integrarmo-nos em conjunto na economia global”, disse António Costa.

O primeiro-ministro falava no terceiro painel desta cimeira, dedicado ao tema ‘Cooperação UE-UA sobre a Paz e a Segurança’, no qual partilhou o palco com o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma.

“Os conflitos do passado, em que a Europa foi pródiga, ensinaram-nos que a paz e segurança são a base da organização social, sem a qual não é possível o desenvolvimento”, disse o chefe do Governo português.

No entanto, continuou, “se não facultarmos aos nossos cidadãos os meios para uma vida digna, os instrumentos para desenvolverem as suas capacidades e a possibilidade de o fazerem em sociedades modernas e prósperas, serão frágeis a paz e a segurança”.

Assim, concluiu, “quando falha uma, falham ambas, e quando coincidem, reforçam-se”.

Para António Costa, é fundamental “silenciar as armas do presente para podermos usar as do futuro, colocando nas mãos dos jovens os instrumentos para construírem uma vida à altura das suas legítimas aspirações: educação, empregos, e os recursos tecnológicos que reduzam a distância, o isolamento e a desigualdade, e abram os campos do conhecimento, da oportunidade, da cidadania global”.

Na intervenção, o líder do Governo português lembrou o “relacionamento estreito com África” e salientou que Portugal “permanece empenhado em dar o seu contributo a esses esforços conjuntos, incluindo, no presente, nos preocupantes e persistentes cenários de crise na Líbia, no Sahel, nos Grandes Lagos e no Corno de África”.

 

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