Costa para Cristas: «Deve ser pela cor da minha pele que me pergunta se condeno ou não violência»
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, e o primeiro-ministro, António Costa, envolveram-se numa dura troca de acusações sobre os atos de violência da última semana em Lisboa e Setúbal.
No debate quinzenal, no parlamento, Assunção Cristas insistiu com António Costa para saber se condenava ou não «os atos de vandalismo» que aconteceram nos distritos de Lisboa e de Setúbal durante a semana e se «defende a autoridade da polícia».
O chefe do Governo, que confessou que «a paciência tem limites» por causa das perguntas de Cristas sobre a Caixa Geral de Depósitos, deu a resposta numa frase.
«Está a olhar para mim. Deve ser pela cor da minha pele que me pergunta se condeno ou não condeno», disse António Costa. Os ânimos exaltaram-se na bancada do CDS e do PSD. O PS reagiu com aplausos.
O presidente da Assembleia da República teve de intervir
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, fez então uma advertência aos deputados, mas também a António Costa.
«Temos todos que ter calma e moderação, deputados e o senhor primeiro-ministro. Peço que este tipo de conclusões não sejam usadas neste debate.»
Quando voltou a tomar a palavra, Assunção Cristas respondeu apenas: «Não respondo ao seu comentário. Fiquei com vergonha alheia.»
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