António Costa segura Eduardo Cabrita: «Não está prevista remodelação»
O primeiro-ministro, António Costa, disse que “não está prevista nenhuma remodelação” do Governo, e defendeu o trabalho dos seus ministros.
O primeiro-ministro, António Costa, disse, em entrevista ao jornal Público, que “não está prevista nenhuma remodelação” do Governo, e defendeu o trabalho dos seus ministros e a estabilidade governativa. Numa entrevista àquele diário, divulgada hoje, Costa afirmou que “não está prevista nenhuma remodelação” do seu Governo “no horizonte”.
De acordo com aquela publicação, o governante defendeu o trabalho desenvolvido pelos seus ministros e salientou também a necessidade de estabilidade governativa. António Costa defendeu também que a política requer “muita persistência”, dando como exemplo que na segunda-feira vai assinalar o arranque da extensão do metro ligeiro a Loures, uma das propostas que apresentou quando foi candidato à câmara daquele município, em 1993.
Nos últimos dias, alguns partidos têm defendido a demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Numa outra entrevista, ao semanário Expresso, publicada na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou esperar que o PS lhe “permita que acabe” a sua atividade profissional, nos próximos anos, na Faculdade de Economia do Porto
“Não me imagino a deixar de ter interesse pela política. Mas espero que o PS me permita que acabe a minha atividade profissional na minha profissão, na Faculdade de Economia do Porto. Como os professores universitários só podem dar aulas até aos 70 anos, e eu já tenho 64”, disse Santos Silva, numa entrevista ao semanário Expresso, na resposta à pergunta “como é que projeta o seu adeus à política”.
«Momento de ingenuidade» de Santos Silva, diz Costa
Num comentário a estas declarações, o primeiro-ministro considerou que Santos Silva ainda tem “uns cinco anos” e que “mesmo o mais frio racionalista tem sempre um momento de ingenuidade quando fala com os jornalistas”.
Falando também das restrições à circulação decretadas pelo Governo, cuja constitucionalidade tem sido questionada, o chefe de Governo defendeu que são necessárias para conter a pandemia e que estão enquadradas pela Lei de Bases da Proteção Civil, que autoriza “a imposição de limitações à circulação, que podem ter uma natureza territorial, como as que estão em vigor para a Área Metropolitana de Lisboa, ou como a que vigorou na cerca de Ovar”. De acordo com António Costa, “já há jurisprudência a validar a constitucionalidade desta última medida”.
No que toca a exercer um cargo europeu, António Costa confirmou que lhe ofereceram “a oportunidade” em 2019, mas afirmou que “não havia, na altura, condições” para aceitar.
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