Atrasos na entrada de pessoas no parlamento motiva protesto do Chega

A demora na entrada de pessoas na Assembleia da República, muitos militares da GNR e agentes da PSP à paisana, motivou hoje o protesto dos deputados do Chega, na discussão do suplemento remuneratório às forças de segurança.

Atrasos na entrada de pessoas no parlamento motiva protesto do Chega

No exterior da Assembleia da República, centenas de pessoas estão a tentar entrar no parlamento, mas os procedimentos de segurança, que obrigam a revistas individuais, condicionam o acesso.

No interior, deputados do Chega contestaram a demora do processo, culparam o parlamento pelo atraso e, meia-hora depois do início da sessão plenária, as galerias permaneciam por preencher.

Pedro Pinto, do Chega, disse que “existem centenas de pessoas que não conseguem entrar na casa da democracia”.

O presidente da Assembleia da República, José Aguiar-Branco, insistiu que “não há nenhuma situação de especial na entrada das visitas para as galerias em comparação com outro dia normal”.

Em resposta, o presidente da Assembleia da República reafirmou que os procedimentos são os habituais.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, criticou a “falta de respeito” do Chega pela Assembleia da República e afirmou que não há “pessoas que têm privilégios que outros não têm”, recordando que, em muitos casos, há visitas de escola, com “meninos que estão em fila à espera de poder entrar”.

A Assembleia da República debate hoje propostas do Chega, PCP e PAN para atribuir um suplemento remuneratório à PSP e à GNR, com as forças de segurança a protestarem em frente ao parlamento à mesma hora.

O debate foi agendado pelo Chega, que apresenta quatro projetos de lei e três projetos de resolução (sem força de lei). Além destas iniciativas, os deputados vão debater também projetos de lei e de resolução do PS, BE, PCP e PAN, todos relacionados com as forças de segurança.

O Chega propõe a atribuição de um suplemento de missão à PSP, GNR e guardas prisionais equiparado ao da Polícia Judiciária, em substituição do “suplemento por serviço e risco nas forças de segurança, tanto na sua componente fixa como variável”.

Movimentos inorgânicos de elementos da PSP e da GNR, bem como algumas estruturas sindicais, estão a mobilizar-se para assistirem ao debate parlamentar, respondendo a um convite do presidente do Chega, André Ventura.

Apesar de as principais associações da GNR e sindicatos da PSP se terem demarcado desta convocatória do Chega, os movimentos Zero e Inop estão a apelar aos polícias, através das redes sociais, para comparecem num protesto em frente à Assembleia da República e para marcarem presença nas galerias.

 

PJA/FM // JMR

By Impala News / Lusa

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