Augusto Santos Silva interrompe André Ventura e é aplaudido de pé [vídeo]
“Há um cigano fugido noutro país depois de ter morto um PSP e que o patriarca da comunidade cigana diz que no seu modo, no seu tempo, o entregará à Justiça e, sobre isso, este Parlamento não deu uma palavra”, disse André Ventura.
Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República interrompeu, nesta sexta-feira, o discurso do líder de André Ventura, no Parlamento, quando este se referia à morte de um agente da PSP. O líder do Chega falava no segundo dia da sessão plenária de discussão do Programa do XXIII Governo Constitucional, quando aproveitou para assinalar o Dia Internacional do Cigano: “É um dia em que devemos não esquece-nos nas minorias… que é porreiro para o chá das cinco”.
Dirigindo-se de seguida a António Costa, o líder do Chega continuou a desenvolver o seu exemplo. “Sim, senhor primeiro-ministro, eu leio-lhe que anda um cigano fugido noutro país, depois de ter morto um PSP e que o patriarca da comunidade cigana diz que, no seu modo, no seu tempo, o entregará à justiça — e sobre isto este Parlamento não deu nem uma palavra. O meu respeito ao agente da PSP que morreu às mãos deste homem”.
Parlamento aplaudiu de pé Augusto Santos Silva
Foram ouvidas palmas no Parlamento, mas o presidente da Assembleia da República interrompeu o discurso. “Permita-me que o interrompa para lhe dizer que não há atribuições coletivas de culpa em Portugal”, disse Augusto Santos Silva. O momento foi aplaudido pelo Parlamento, com exceção da bancada parlamentar do Chega. “Portanto, solicito-lhe que continue livremente a sua intervenção como é seu direito, respeitando este princípio”, acrescentou Santos Silva.
André Ventura replicou: “Como deputado, não aceito que nenhum outro deputado ou presidente da Assembleia limite a minha intervenção como deputado nesta casa”, atirou, sendo aplaudido de pé pela bancada do Chega. “Afinal onde está o 25 de Abril de 1974, em que podíamos exprimir-nos livremente e que agora nos querem tirar? Senhor presidente, eu vou continuar a usar a expressão ‘ciganos’ sempre que tiver de usar e o senhor presidente sancionará quando tiver de sancionar”.
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