Autárquicas: Líder do PAN realça alguns resultados positivos e rejeita consequências internas
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, destacou hoje a eleição de deputados municipais do partido em autarquias onde o partido não tinha representação, como Olhão ou Portimão, rejeitando consequências internas para a recém-eleita direção.
Inês de Sousa Real falava do púlpito montado no jardim da Biblioteca dos Corichéus, em Lisboa, começando por realçar que ainda faltam alguns resultados para fazer um balanço final definitivo.
“Resulta claro daquele que tem sido o escrutínio até esta hora que existe uma nova dinâmica do ponto de vista nacional, nomeadamente em alguns municípios, numa viragem mais à direita fruto também do contexto nacional que estamos a viver, sobretudo da crise socioeconómica e evidentemente de tudo o que acaba por influenciar aquele que é o atual xadrez político”, apontou.
No que toca aos resultados até ao momento apurados para o Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real destacou que em alguns municípios do país o partido passou de ter um deputado para conseguir um grupo municipal, “como é o caso de Aveiro” — onde o partido concorreu coligado com o PS.
“Estamos a aguardar outros resultados, mas temos representação em assembleias municipais que até aqui não tínhamos tido como em Olhão, em Portimão”, apontou.
“O PAN está de facto a assumir-se noutros territórios, nomeadamente do ponto de vista nacional, onde antes não tinha representação, o que é sem dúvida absolutamente nenhuma uma expressão de crescimento”, considerou.
Quanto a consequências políticas internas, uma vez que estas foram as primeiras eleições às quais Inês de Sousa Real se apresentou como porta-voz do partido (sucedendo a André Silva) com uma nova direção, e até ao momento não prevê eleger qualquer vereador – aquele que era o grande objetivo da noite – a líder rejeitou-as.
“Estamos a falar de uma nova direção que tomou posse há três meses, portanto evidentemente que não será um trabalho que possa vir de uma responsabilidade do ponto de vista executivo que transite para este mandato e nem sequer podemos estar a imputar essa responsabilidade àquilo que é o trabalho, quer do partido, quer dos nossos candidatos e candidatas, porque efetivamente o contexto político-partidário do país é completamente diferente do que quando nos apresentámos em eleições em 2017”, destacou. Inês de Sousa Real apontou ainda que “nenhum partido concorre para perder representação ou menos ainda para não conseguir objetivos mais ambiciosos”.
“E portanto, evidentemente que o objetivo do PAN é crescer, sabíamos desde o primeiro momento que o desafio era mais acrescido, pelo facto de existir hoje mais forças políticas a concorrer, forças políticas que têm estado em crescimento, independentemente das divergências ideológicas profundas que temos com algumas dessas forças políticas e de não revermos nelas as soluções para o país”, respondeu.
No entanto, Inês de Sousa Real apontou que o facto de o partido, até agora, manter alguma representação em determinados municípios, “mesmo que isso não se traduza em mandatos, não deixa de significar que continua a existir um reconhecimento das pessoas no trabalho do PAN”.
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