Balanço de ataques israelitas contra Líbano sobe para oito mortos

Duas vagas de ataques lançados pelo exército de Israel contra o Líbano, em resposta a disparos de ‘rockets’ provenientes de território libanês, causaram pelo menos oito mortos, de acordo com um novo balanço

Balanço de ataques israelitas contra Líbano sobe para oito mortos

De acordo com o Ministério da Saúde libanês, citado pela agência de notícias estata ANN, cinco pessoas, incluindo uma criança, foram mortas e oito ficaram feridas na cidade de Touline, numa primeira vaga de ataques, na manhã de sábado.

Ao início da noite, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, ordenaram “uma segunda vaga de ataques contra dezenas de alvos terroristas do Hezbollah”.

A agência ANN referiu vários ataques israelitas no sul e leste do país, principalmente na cidade de Tiro, onde morreram três pessoas e sete ficaram feridas.

Um balanço inicial, também divulgado pela ANN, mencionava um morto e sete feridos.

Os ataques israelitas aconteceram depois de, no sábado de manhã, terem soado sirenes de alerta em Metula, uma aldeia na fronteira israelo-libanesa.

Segundo as autoridades israelitas, a defesa aérea intercetou três dos seis ‘rockets’ disparados do sul do Líbano em direção à região norte da Galileia.

Mais tarde, o exército israelita anunciou que tinha atacado “dezenas de lança-foguetes e um centro de comando a partir do qual operavam terroristas do Hezbollah” no sul do Líbano.

O grupo xiita libanês Hezbollah negou a responsabilidade pelos ataques contra Israel, que não foram reivindicados, acusando o “inimigo israelita” de procurar “pretextos para continuar os seus ataques contra o Líbano”.

Estes disparos contra Israel são os primeiros no norte do país desde que a trégua com o Hezbollah entrou em vigor, em 27 de novembro.

O acordo de cessar-fogo interrompeu as hostilidades entre o Exército israelita e o Hezbollah, que tinha aberto uma frente contra Israel em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas, no início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

A trégua trouxe uma relativa calma ao Líbano após mais de um ano de hostilidades, apesar dos ataques que Israel continua a realizar a cada dois ou três dias a alvos apresentados como ligados ao Hezbollah, desde a retirada incompleta das tropas do sul do país vizinho, em 15 de fevereiro.

O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou para o risco do recomeço de operações militares na fronteira sul, o que pode “arrastar o país para uma nova guerra, com consequências desastrosas”.

A força de manutenção da paz da ONU no Líbano (FINUL) também expressou preocupação sobre uma “possível escalada” da violência

A FINUL “exorta todas as partes a evitarem minar os progressos realizados, especialmente quando estão em causa vidas civis e a frágil estabilidade. Qualquer nova escalada pode ter consequências graves para a região”, avisou em comunicado.

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By Impala News / Lusa

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