Barnier diz não ser possível um período de transição do ‘Brexit’ de duração indeterminada
Michel Barnier advogou que não é possível um período de transição de duração indeterminada após a saída do Reino Unido da entidade comunitária
O negociador-chefe da União Europeia para o ‘Brexit’, Michel Barnier, advogou esta terça-feira que não é possível um período de transição de duração indeterminada após a saída do Reino Unido da entidade comunitária, como pretende o Governo britânico.
“Propusemos, logicamente, que terminasse a 31 de dezembro de 2020, coincidindo com o final do quadro financeiro plurianual. Parece-nos que o Reino Unido deseja manter aberta essa duração, o que não é possível”, defendeu em Bruxelas, após ter estado reunido, no Conselho dos Assuntos Gerais, com representantes dos países que permanecerão na UE depois da saída dos britânicos, prevista para 29 de março de 2019.
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Na reunião, o negociador-chefe para o ‘Brexit’ fez um ponto de situação sobre as negociações com Londres e sobre o texto que deve ser publicado na quarta-feira e que será um primeiro esboço jurídico do acordo de saída do Reino Unido da UE.
“É claro que o período de transição deve ser curto”, disse ainda Barnier, que lembrou que o organismo comunitário propôs 21 meses para a sua duração, de modo a coincidir com o término do orçamento plurianual da UE, em vigor até ao final de 2020.
Na quarta-feira, o negociador comunitário vai detalhar o evoluir das negociações numa conferência de imprensa em Bruxelas.
Em 29 de janeiro, os Estados-membros aprovaram as diretrizes para negociar o período de transição pós-‘Brexit’ com o Reino Unido, que terminará a 31 de dezembro de 2020.
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