Berlim insiste no esforço conjunto para ajudar Kiev a derrotar Moscovo
O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou hoje aos Estados Unidos e à União Europeia para que “façam mais” para ajudar a Ucrânia a defender-se da guerra de agressão da Rússia.
“Temos de encontrar uma forma de fazer mais em conjunto”, disse Scholz aos jornalistas no aeroporto de Berlim antes de viajar para Washington para se encontrar com o Presidente norte-americano, Joe Biden, na sexta-feira.
A viagem ocorre numa altura em que um pacote de apoio à Ucrânia de cerca de 60 mil milhões de dólares (55,7 mil milhões de euros, ao câmbio atual) está bloqueado no Congresso dos Estados Unidos.
A UE chegou recentemente a acordo sobre um pacote de ajuda de 50 mil milhões de euros até 2027, depois de a Hungria ter levantado o seu veto.
“Chegou o momento de (…) dar à Ucrânia a oportunidade de se defender e, ao mesmo tempo, enviar um sinal claro ao Presidente russo [Vladimir Putin] de que não deve contar com a diminuição do nosso apoio”, disse Scholz.
O líder alemão insistiu que os aliados devem “enviar em conjunto nos próximos dias e semanas” a mensagem de que o apoio durará o tempo necessário e “será suficientemente substancial” para permitir a Kiev retaliar.
A Alemanha é o segundo maior contribuinte de ajuda à Ucrânia em termos absolutos, a seguir aos Estados Unidos.
Berlim praticamente duplicou o orçamento de apoio militar para mais de 7 mil milhões de euros este ano.
Scholz tem insistido com os parceiros europeus que devem intensificar os esforços para ajudar a Ucrânia, argumentando que a Alemanha não pode “carregar tudo às costas”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, também pediu na quarta-feira à UE que aumentasse rapidamente as entregas de projéteis.
Kuleba argumentou que a Ucrânia está sujeita a bombardeamentos russos contra infraestruturas estratégicas e civis numa base quase diária, durante uma visita a Kiev do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
Lamentou também a situação confusa nos Estados Unidos devido à incerteza do resultado das negociações entre Biden e a oposição republicana sobre a disponibilização do pacote de ajuda à Ucrânia.
A Ucrânia tem contado com o apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados também decretaram sanções contra os interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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By Impala News / Lusa
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