Berlusconi absolvido da acusação de subornar testemunhas das festas “bunga bunga”
Um tribunal de Roma absolveu hoje o antigo primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi do crime de suborno de testemunhas no caso “Ruby”, no qual está a ser investigado pelas polémicas festas “bunga bunga”, em que se suspeita terem participado menores.
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Em causa estavam alegados pagamentos de Berlusconi, parceiro de coligação do Governo de Giorgia Meloni, ao cantor Mariano Apicella, também absolvido, para que não revelasse o que se passava à porta fechada nas extravagantes festas realizadas há mais de dez anos. A acusação inicial argumentava que Apicella tinha recebido 157.000 euros por prestar falso testemunho em processos judiciais anteriores, mas o tribunal ouviu a nova equipa do Ministério Público, que pediu a absolvição, alegando que os pagamentos foram feitos antes de essas celebrações terem acontecido.
“Os pagamentos são muito anteriores, pelo que é difícil imaginar que sejam devido ao alegado falso testemunho. Havia uma longa relação de amizade entre Berlusconi e Apicella”, disse o procurador Roberto Felici, segundo o diário italiano Corriere della Sera. Berlusconi, reeleito para o senado nas últimas eleições, salientou estar “satisfeito” e agradeceu ao procurador por ter pedido a sua absolvição.
O caso ‘Ruby’ tem o nome da dançarina Karima el Mahroug que, de acordo com a acusação, tinha 17 anos quando participou nestas festas. O julgamento originou três processos paralelos, nos quais Berlusconi foi absolvido. No primeiro foi acusado de extorsão e prostituição infantil e, neste em que hoje foi absolvido, de falso testemunho e manipulação de testemunhas. Uma outra acusação está relacionada com as suas ligações a várias personalidades que alegadamente contrataram as raparigas presentes nas festas “bunga bunga”.
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