Bielorrússia diz-se disponível para enviar leite infantil para os EUA
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, alvo de sanções norte-americanas, disse hoje estar disponível para enviar leite infantil para os Estados Unidos da América (EUA), que estão com escassez de leite em pó para bebés há meses.
“Estamos prontos para ajudar os americanos e enviar-lhes alimentos infantis. Se quiserem, podemos fazê-lo [envio de leite infantil em escassez nos Estados Unidos da América] já amanhã”, afirmou, citado pela agência de notícias estatal bielorrussa Belta. O regime autoritário de Lukashenko, que governa a Bielorrússia desde 1994, é alvo de sanções dos EUA há anos.
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Em março passado, Washington anunciou novas sanções económicas à Bielorrússia por causa da corrupção e de atentados aos Direitos Humanos. A Bielorrússia é também um dos aliados da Rússia e da ofensiva russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, sendo mesmo uma das bases dos militares do Kremlin.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, reconheceu na quarta-feira a pressão sobre as famílias devido à escassez nacional de leite em pó para bebés e anunciou novas remessas do produto a partir da Europa. Na final de maio, Joe Biden autorizou o Departamento de Defesa a utilizar os contratos que tem com as companhias aéreas comerciais para importar leite em pó de qualquer parte do mundo, no que a Casa Branca chamou de “Operação Fly Formula”.
Além do incremento das importações, a Casa Branca acionou uma lei, conhecida como Lei de Produção de Defesa, para acelerar a produção doméstica. Trata-se de uma legislação que remonta à época da Guerra Fria e que exige aos fabricantes e fornecedores prioridade a determinados pedidos para aliviar falhas de produção. A falta do produto no mercado já é considerada sem precedentes nos EUA e deve-se a problemas de abastecimento global causados pela pandemia de covid-19 e a dificuldades da fábrica em Sturgis, Michigan, da Abbot, principal fabricante de fórmula infantil no território norte-americano.
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