Bombas lançadas contra civis em Rafah foram fabricadas nos Estados Unidos
As bombas usadas no ataque israelita que, no domingo, matou dezenas de palestinos num campo de deslocados perto de Rafah, em Gaza, foram fabricadas nos Estados Unidos, segundo especialistas e meios de comunicação social.
A informação está a ser avançada pelo jornal The New York Times e pela CNN, que apresentam hoje um relatório sobre o armamento utilizado por Israel no ataque em Gaza, que matou 45 pessoas, na sua maioria civis.
“Os restos de munições filmados no local do ataque no dia seguinte eram de uma GBU-39, uma bomba concebida e fabricada nos Estados Unidos”, acrescenta o Times citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Também a CNN afirma que “foram utilizadas munições fabricadas nos Estados Unidos no mortífero ataque israelita”, acrescentando que há um vídeo a ser partilhado nas redes sociais que mostra a cauda da tal bomba de pequeno diâmetro (SDB) GBU-39.
Questionado pelos jornalistas, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, recusou-se a confirmar se Israel usou uma bomba fabricada nos EUA.
O ataque aéreo israelita atingiu no domingo um campo de tendas para pessoas deslocadas na cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde a guerra já matou cerca de 36 mil pessoas, das quais mais de 70% são civis.
Os mortos encontravam-se numa chamada “zona segura” no bairro de Tal al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde centenas de pessoas estavam deslocadas num campo improvisado que Israel ainda não tinha mandado evacuar.
Após a notícia do incidente, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a morte de civis em Rafah foi um “acidente trágico”, prometendo abrir um inquérito.
O Pentágono defendeu a operação em Rafah como sendo de âmbito limitado e, embora tenha considerado o ataque “horrível”, pediu para aguardar os resultados da investigação israelita: “Continuamos a pensar que se trata de uma operação limitada”, disse a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh.
Os Estados Unidos já ameaçaram deixar de fornecer armas a Israel se continuar a persistir nos ataques a Rafah, uma ameaça que ainda não se concretizou.
SIM // MAG
By Impala News / Lusa
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