Brasil precisa de quase 100 mil ME para garantir acesso a água potável e saneamento

O Brasil precisa investir quase 100 mil milhões de euros para conseguir garantir o acesso universal a água potável e saneamento básico, afirmaram hoje as autoridades brasileiras no início da reunião do G20 no Rio de Janeiro.

Brasil precisa de quase 100 mil ME para garantir acesso a água potável e saneamento

“A nossa meta é universalizar o acesso à água potável até 2033, garantindo que 99% da população tenha acesso a esse serviço tão essencial”, disse o ministro das Cidades do Brasil, Jader Barbalho Filho, na sessão inaugural da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20.

Neste contexto, o ministro apelou aos restantes representantes das 20 maiores economias do mundo “para que os países empreendam esforços para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos mecanismos que viabilizem esses recursos”.

Na mesma sessão, a ministra do Planeamento e Orçamento, Simon Tebet, lembrou que o Brasil tem 32 milhões de pessoas sem água potável e 90 milhões de pessoas sem tratamento de esgoto.

Já o ministro das Relações Exteriores, que abriu a sessão inaugural, recordou que “o Brasil detém uma das maiores reservas de água potável do planeta e, ao mesmo tempo, abriga a região semiárida mais densamente povoada do mundo, além de diversas comunidades em situação de vulnerabilidade, incluindo os povos indígenas”.

“Esse cenário nos impõe o duplo desafio de preservar nossos recursos hídricos e de garantir uma melhor distribuição de sua utilização”, frisou.

Nesta reunião, os responsáveis pela pasta do desenvolvimento dos países do G20 sublinharam a importância do acesso universal à água potável, ao saneamento básico e aos serviços de higiene.

Numa declaração final divulgada no final da primeira sessão, os responsáveis do desenvolvimento do G20, um fórum das principais economias do mundo, advertiram que este objetivo está atualmente “fora do caminho” devido aos crescentes desafios das alterações climáticas.

Sublinharam que é urgente acelerar os progressos neste domínio, face aos desafios da crise climática, da degradação ambiental e das desigualdades no acesso a estes recursos essenciais.

 

MIM // MLL

By Impala News / Lusa

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